Os estudos de Skinner, como a publicação “Behavior of Organisms” (Comportamento dos Organismos) de 1938, contribuíram para o surgimento da Análise do Comportamento. A Análise do Comportamento é uma ciência autônoma, interdisciplinar, com princípios e procedimentos próprios.
Skinner incentivou os Analistas do Comportamento a aplicarem os conhecimentos adquiridos por meio das pesquisas realizadas em laboratórios no mundo real. Pois, segundo ele, essas pesquisas eram simplesmente um meio de chegar aos processos comportamentais.
Quem são os Analistas do Comportamento
Por ser um campo de atuação muito amplo, a Análise do Comportamento permite que profissionais de diversas áreas adquiram formação específica para trabalharem como Analistas do Comportamento, seja para atuar com pessoas de desenvolvimento típico e/ou atípico, como os autistas.
No Brasil, a profissão de Analista do Comportamento ainda não é regulamentada. Todavia, ela é reconhecida pela sociedade, pela classe médica, pelos planos de saúde e pelo Ministério do Trabalho e Emprego, fazendo parte do seu código de classificação das ocupações.
Já nos Estados Unidos, a profissão de Analista do Comportamento é regulamentada. E os profissionais certificados que trabalham com a Análise do Comportamento são os BCBAs (Board Certified Behavior Analysts).
A importância dos relacionamentos para a Análise do Comportamento
Ainda que se relacionar com outras pessoas seja uma das habilidades mais importantes dos programas de treinamento, essa habilidade tem sido menos trabalhada do que as demais.
O foco maior costuma ser na análise dos dados, na implementação dos protocolos comportamentais. E menor nos relacionamentos com os outros.
Contudo, para o sucesso do trabalho, a capacidade de relacionar-se com as outras pessoas é fundamental. Principalmente para aqueles que trabalham em áreas clínicas, como o tratamento domiciliar do autismo.
Isso porque para as pessoas quererem trabalhar com determinado profissional é muito importante que elas gostem desse profissional e sintam-se à vontade para relacionar-se com ele.
A importância do uso de uma linguagem clara
Outra questão importante é tornar a linguagem clara e funcional. Ou seja, o profissional deve evitar o uso do jargão, de uma linguagem muito técnica. Dessa forma, você vai garantir que as pessoas compreendam o que ele estiver falando.
O uso do jargão deve ser aplicado em outro contexto, com os membros da comunidade científica. Pois, nesse caso o propósito é desenvolver continuamente a ciência.
Para lidar com o público em geral, com as pessoas que não são familiarizadas com a Análise do Comportamento, o uso do jargão deve ser evitado. Devem ser usados termos e conceitos que elas conheçam e compreendem.
Cabe aos Analistas do Comportamento divulgarem o seu trabalho e a Análise do Comportamento explicando para as pessoas o que eles fazem. Desse modo, utilizando uma linguagem clara, com o propósito de despertar o interesse e a curiosidade dessas pessoas para saber mais sobre essa importante área de atuação.
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Texto baseado em: https://bsci21.org/how-to-turn-people-on-to-behavior-analysis/
