O autismo, que também pode ser conhecido como Transtorno do Espectro Autista, consiste em um tipo de desenvolvimento atípico.
Quem tem esse desenvolvimento atípico necessita de alguns cuidados e atenções especiais em diversos aspectos da vida, inclusive na educação.
Neste artigo falaremos um pouco sobre como é possível identificar o autismo, seja em quadros leves ou severos.
O diagnóstico precoce do mesmo contribui para um melhor plano de tratamento e desenvolvimento da criança.
Algumas informações sobre o autismo
O autismo consiste em um tipo de transtorno do desenvolvimento, que por anos vem desafiando a Ciência. Isso porque suas causas, mesmo que sejam bastante investigadas por diversas pesquisas, em diversos países, ainda são pouco conhecidas.
O que se sabe é que os fatores genéticos são um dos fatores mais importantes. E os métodos de diagnóstico que são utilizados atualmente vem permitindo que cada vez mais casos venham sendo identificados.
As estimativas dos estudos sobre os casos de diagnóstico de autismo consideram a incidência de um caso do transtorno a cada 100 crianças.
Existem graus diferentes do transtorno. Algumas crianças conseguem um desenvolvimento bastante aproximado daquelas que possuem um desenvolvimento típico.
Já outras, possuem quadros mais severos e possuem dificuldades extremas no desenvolvimento, não chegando sequer a aprender a falar.
Poder identificar sinais de autismo precocemente é possível fazer o diagnóstico do transtorno mais cedo.
Isso possibilita o tratamento adequado desde muito cedo. Contribuindo, assim, para uma melhora na qualidade de vida e no desenvolvimento dos portadores do transtorno.
Desta forma, conhecer os sinais, seja de quadros leves ou de quadros mais severos do transtorno, é importante para que caso eles se apresentem os responsáveis pela criança possam procurar o diagnóstico e um tratamento adequado para o transtorno.
O que caracteriza o autismo?
O autismo é atualmente considerado como um tipo de distúrbio ou transtorno do desenvolvimento. Ele é desencadeado através de condições que podem ser genéticas e ambientais.
É importante ressaltar que não é só uma condição apenas que pode desencadear o transtorno.
Dessa forma, o entendimento é que tanto os fatores genéticos quanto os ambientais influenciam para o surgimento do mesmo.
Essas condições são mais comuns do que era imaginado anteriormente pela ciência. E podem ser encontradas nos mais diversos locais ou ambientes, seja a escola, o trabalho, entre outros.
Atualmente, a medicina tem tratado o tema como um conjunto de autismos. Isso por conta da enorme variabilidade em que o transtorno pode se apresentar.
As características fundamentais do autismo são consideradas as seguintes:
- Um prejuízo na comunicação;
- Um prejuízo na interação social;
- A presença de comportamentos repetitivos (os comportamentos estereotipados).
Esses comportamentos repetitivos, também conhecidos como comportamentos estereotipados, podem ser definidos como uma série de ações executadas pelo indivíduo que não apresentam significado e são realizados de forma repetitiva sem uma finalidade muito clara.
Pessoas com autismo costumam apresentar uma certa atração por movimentos circulares.
Podem passar horas fascinadas e focadas nos movimentos giratórios de um cata-ventos ou de um ventilador, por exemplo.
Como um autista organiza o mundo que o cerca?
O autista pode ser considerado um indivíduo metódico. Desta forma, o mundo ideal para um portador desse transtorno é um mundo onde as coisas não passam por mudanças.
Acordar sempre no mesmo horário, vestir a mesma roupa, tomar o café da mesma maneira, todos os dias.
Ou seja, a existência de uma rotina estruturada e fixa são confortáveis para o portador de autismo. E qualquer variação nessa rotina causa um extremo desconforto.
Tal desconforto pode ser manifestado até mesmo na execução de tarefas simples, como a escolha de uma roupa para vestir.
Muito frequentemente, os portadores de autismo são intolerantes a determinados sons. Além disso, apresentam uma grande dificuldade em questões relacionadas a interação social.
Para essas pessoas, a movimentação, os sons e olhar dos outros no ambiente a seu redor provocam um curto circuito em seus cérebros. Isso acaba acarretando em desorientação e insegurança.
No autismo, a rede de neurônios responsável pela comunicação e pela interação social está organizada dentro do cérebro de uma forma completamente diversa das pessoas com desenvolvimento típico.
Inclusive, essa organização diversa da estrutura dos neurônios dos autistas, pode ser responsável por criar nos portadores do transtorno algumas habilidades especiais, que podem ser surpreendentes.
Características do autismo no relacionamento com os outros
Geralmente, os autistas possuem uma grande dificuldade de perceber sutilezas apresentadas na linguagem. Assim como de decifrar gestos, emoções e intenções nas expressões faciais das outras pessoas.
É muito comum que autistas levem tudo ao pé da letra, não conseguindo compreender metáforas e ironias, por exemplo.
Tais particularidades relacionadas ao transtorno, podem interferir também nos relacionamentos afetivos dos autistas.
É provável que uma das características mais marcantes e intrigantes do autismo, que se apresenta nos graus mais diversos do transtorno, esteja ligada a questão do olhar.
Os seres humanos usam diversos tipos de interação para expressarem afeto, tais como o toque físico e o contato visual. Um bebê com desenvolvimento típico, já nasce com o impulso de fazer contato visual e do toque.
Entretanto, os autistas, de forma geral, não costumam ser capazes de fazer contato visual.
Autistas costumam rejeitar aproximação e contato visual e físico com as outras pessoas. Pois, isso pode causar um grande desconforto nos mesmos.
Todavia, esse fator não significa que eles sejam incapazes de sentir afeto. A dificuldade dos autistas é de expressar esse tipo de emoção através do contato físico e do contato visual.
A dificuldade do diagnóstico de autismo no Brasil
Um dos fatores que mais dificulta o tratamento do autismoé a demora na identificação do transtorno.
O autismo é um transtorno que se instala no decorrer dos 3 primeiros anos de vida da criança, no momento em que os neurônios que coordenam a comunicação e os relacionamentos interpessoais acabam deixando de formar as conexões necessárias para um desenvolvimento típico.
Ainda que o transtorno não tenha cura, a demora no diagnóstico acarreta em uma dificuldade no tratamento. Pois, perde-se um tempo em que esses neurônios poderiam estar sendo estimulados no momento correto, para que a criança possa ter um melhor desenvolvimento.
Enquanto em países como os EUA, os diagnósticos do transtorno costumam ocorrer antes dos 3 anos de idade, no Brasil, ele costuma ser identificado geralmente entre os 5 e 7 anos da criança.
Esse atraso acaba agravando as deficiências no causadas pelo autismo e prejudica o desenvolvimento da criança. Consequentemente, aumenta o sofrimento das famílias.
Neste artigo você conheceu alguns dos sinais do autismo, em quadros leves e severos, para auxiliar na identificação do quadro, levando a um diagnóstico precoce que possibilite um tratamento adequado o mais rápido possível.
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