Quando um paciente é diagnosticado com o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), normalmente uma das primeiras perguntas que surge é: quais são as causas do autismo?
Contudo, essa não é uma pergunta fácil e nem simples de ser respondida, pois não existe uma causa para o autismo, assim como também não existe cura para o transtorno.
Quais fatores podem causar autismo?
De fato, especialistas apontam que a combinação de alguns fatores genéticos e ambientais aumenta as possibilidades de desenvolvimento do autismo.
No entanto, há pessoas que apresentam alterações genéticas relacionadas ao autismo, e que são expostas aos fatores ambientais de risco, mas que não apresentam o transtorno.
Portanto, isso indica que são condições de risco, e não necessariamente as causas do autismo.
Os fatores genéticos são causas do autismo?
Em relação aos fatores genéticos, o risco de desenvolvimento do autismo em uma criança aumenta com alterações em determinados genes.
Por exemplo, caso o pai apresente alguma(s) dessas alterações genéticas, mesmo não sendo autista, elas poderão ser transferidas para a criança.
Além disso, outra possibilidade é o surgimento de alterações genéticas durante a formação do embrião, por meio da combinação do espermatozoide com o óvulo, aumentando o risco do desenvolvimento do transtorno.
Os fatores ambientais são causas do autismo?
Já em relação aos fatores ambientais, pesquisas indicam que eles podem tanto aumentar como reduzir o risco da manifestação do autismo em pessoas mais propensas a desenvolver o transtorno, do ponto de vista genético.
Quanto à forma como esses fatores genéticos e ambientais podem aumentar o risco do autismo, pesquisas apontam uma relação com a biologia cerebral.
Grande parte dos fatores costuma afetar aspectos essenciais do desenvolvimento inicial do cérebro, outros podem afetar a comunicação entre os neurônios do cérebro, e outros a comunicação entre regiões inteiras do cérebro.
Os principais fatores de risco
Quanto aos fatores de risco, há três fatores que aumentam a probabilidade de uma criança ser autista:
- Pais com idade mais avançada;
- Intervalo de menos de um ano entre uma gestação e outra;
- Complicações durante a gravidez e no parto (parto prematuro, baixo peso da criança, gestações múltiplas – gêmeos, trigêmeos, quadrigêmeos ou mais).
Ácido Fólico
Além disso tudo, outro risco relacionado às causas do autismo, segundo alguns especialistas, é o consumo exagerado da vitamina de ácido fólico pela mãe durante a gestação.
Visto que, normalmente, no pré-natal, as gestantes são orientadas pelos médicos que as acompanham a tomar o ácido fólico para evitar problemas relacionados ao neuro-desenvolvimento do bebê.
Contudo, como citado, o uso excessivo pode aumentar o risco do transtorno. Por isso é importante consumi-lo exatamente de acordo com a prescrição médica.
Vacinação
Por fim, outro aspecto que costuma ser relacionado ao autismo é a vacinação da criança.
Por isso, muitos pais e mães têm receio de vacinar os seus filhos por acharem que elas podem causar o autismo, por já terem lido ou escutado algo sobre isso.
Contudo, muitas pesquisas foram realizadas sobre a relação das vacinas com o transtorno, e foi constatado que as vacinas não causam o autismo.
De todo modo, é importante ressaltar que as informações apresentadas neste artigo são orientações. Portanto, não devem substituir o diagnóstico de profissionais qualificados.