Uma das grandes preocupações dos pais das crianças diagnosticadas com o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) costuma ser em relação ao momento da inclusão das crianças no ambiente escolar, que envolve tomadas de decisões sobre a alternativa mais adequada para os seus filhos, visto que existe a opção de uma educação especial ou um ensino regular inclusivo.
Tratam-se de decisões que envolvem não somente as preferências pessoais, mas também questões políticas, econômicas e até mesmo culturais da região onde as famílias vivem.
As crianças autistas podem estudar tanto em escolas especiais como em escolas de ensino regular inclusivo.
Entenda a diferença do ensino especial e ensino regular inclusivo
A educação especial apresenta uma proposta de ensino e aprendizagem direcionados para essas crianças com atraso no desenvolvimento.
O ensino regular, por sua vez, oferece a possibilidade de inclusão dessas crianças no ambiente tradicional, com crianças de desenvolvimento típico, mas isso nem sempre é realizado de maneira satisfatória.
Em meio a esse cenário, surgem muitos dúvidas por parte dos familiares dessas crianças sobre o que fazer para garantir uma formação escolar que atenda às necessidades especiais dos seus filhos autistas.
Dentre os principais questionamentos, estão:
- Devo colocar o meu filho em uma escola de educação especial ou em uma escola de ensino regular inclusivo?
- Se eu colocar o meu filho em uma sala de aula regular, ele vai conseguir acompanhar o aprendizado com os outros alunos?
- Quais serviços de educação especial são necessários para um ensino satisfatório? O ensino regular atende essas necessidades?
Entenda a diferença do Brasil e EUA
No Brasil, muitas vezes temos de lidar com a falta de recursos na área de educação. Nos Estados Unidos, os serviços oferecidos dependem em grande parte da verba de educação dos estados, assim como da filosofia adotada nesses estados para ajudar as crianças com necessidades especiais.
De acordo com um estudo realizado no país norte-americano, a cada 40 crianças, uma é autista. A maioria delas frequenta escolas públicas, sendo que algumas recebem serviços de educação especial.
Dentre as dificuldades apresentadas pelas crianças, elas estão relacionadas aos déficits cognitivos, às habilidades motoras, à articulação e à comunicação social.
Por isso, quando uma escola dispõe de poucos recursos, é comum os pais escutarem que o seu filho autista se beneficiará da inclusão total. Mas, na verdade, isso significa que a criança estudará em uma sala de aula regular e não receberá a ajuda especializada necessária.
A escolha da escola e o tipo de ensino
Para alguns pais, essa decisão é vista de uma forma positiva, já que o seu filho não será tratado de forma diferente dos demais alunos. Contudo, para os especialistas em educação especial, é vista como negativa, pois a criança deficiente ficará ainda mais atrasada em relação aos seus colegas de classe.
Isso porque uma criança autista precisa de orientações mais detalhadas e claras durante o aprendizado, o que não pode ser feito em uma sala de aula com uma quantidade grande de crianças e somente um professor.
A escola tradicional dificilmente dispõe dos recursos e das ferramentas necessários, e de tempo suficiente, para que a relação entre o professor e o aluno seja eficaz para a criança com atraso no desenvolvimento.
Como escolher?
De fato, se trata de uma decisão importante e difícil para os pais. Principalmente, porque, em alguns casos, essa decisão também está atrelada à disponibilidade de recursos financeiros dos familiares.
Mas, independentemente da instituição e da forma de ensino escolhida, não podemos nos esquecer de que a participação familiar é muito importante para o desenvolvimento da criança em todo esse processo de formação.
Como você pode ajudar seu filho autista no processo de aprendizagem
Sabendo da importância dos pais no processo de aprendizagem, independente se a criança estará em uma escola de educação especial ou de ensino regular inclusivo, torna-se necessário conhecer algumas possibilidades de como você pode ajudar seu filho que tem atraso no desenvolvimento.
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