Filmes sobre autismo e programas de TV: As 7 Interpretações mais realistas

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Intervenção baseada em Evidência Científica

Sumário

Filmes sobre autismo e programas de televisão que representam pessoa com TEA são extremamente importantes na construção da imagem social sobre o autismo.

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) nem sempre é fácil de ser compreendido por aqueles que não expostos a essa condição. Assim foram como outros fenômenos, muitas pessoas tornaram-se familiarizadas com o TEA pela forma como o distúrbio é apresentado na televisão e no cinema.

Certamente, nem todos os programas de TV ou filmes são feitos da mesma forma. Sendo assim, há os bons e os maus retratos de pessoas com TEA e dos efeitos que o transtorno causa sobre as suas famílias e vidas.

Os retratos ruins, consequentemente, beiram a caricatura e plantam concepções enganosas na cabeça das pessoas.

A importância de filmes sobre autismo

Em contrapartida, os bons melhoram a compreensão e promovem a empatia não somente por aqueles com TEA, como também pelos cuidadores e membros da família que lidam com o transtorno.

Decerto, é um desafio especial para os atores e atrizes convidados a interpretarem personagens com TEA. Mas, nos últimos anos, muitos deles foram capazes de demonstrar um resultado notável.

É ainda mais impressionante quando consideramos que a maioria desses papéis está retratando crianças. Sendo assim, os atores mais jovens são forçados a se impor e criar interpretações genuínas e emocionantes, com personagens que não são tradicionais e que são totalmente estranhos ao grande público.

Aqui, estão sete filmes sobre autismo ou programas de TV com as interpretações mais realistas de personagens com Transtornos do Espectro Autista.

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Programas e filmes sobre autismo que você precisa assistir

1. Rain Man

A interpretação de Raymond Babbitt feita por Dustin Hoffman, em 1988, em Rain Man, ao lado de Tom Cruise, foi a que realmente deu início à busca por autenticidade ao retratar personagens com TEA.

Por causa de sua interpretação em reain man, Hoffman ganhou o Oscar de Melhor Ator e o filme ganhou o Oscar de Melhor Filme, Melhor Roteiro e Melhor Diretor. Além disso, foi ganhador de uma série de outros prêmios da indústria cinematográfica.

Como foi possível essa interpretação realista

Para alcançar esse nível de precisão, tanto Hoffman quanto o autor do roteiro, Barry Morrow, passaram um tempo com o homem em que Babbitt se baseava: o autista e savant Kim Peek.

Dessa forma, foi possível que muitas das habilidades aparentemente extraordinárias de Babbitt fossem tiradas de talentos genuínos que Peek demonstrava.

Além disso, Hoffman também imitou o modo de andar um tanto incomum de Peek. Semelhantemente, interpretou os seus vários maneirismos a fim de fornecer um retrato preciso da personagem.

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Embora a sua representação fosse fiel à vida de Peek, o filme tornou-se tão popular que teve alguns efeitos colaterais indesejados para a comunidade de TEA. Por isso, muitos espectadores passaram a acreditar que todas as pessoas com autismo também eram savants, o que está longe de ser o caso.

No entanto, o filme ajudou a humanizar as pessoas com TEA e o seu sucesso comercial e crítico abriu caminho para mais filmes sobre autismo.

2. Gilbert Grape – Aprendiz de Sonhador

Leonardo DiCaprio, quando jovem, recebeu a sua primeira indicação ao Oscar por sua interpretação de um personagem com deficiências de desenvolvimento, que era o irmão mais novo de Gilbert Grape, interpretado por Johnny Depp, neste drama familiar.

Antes de tudo, para se preparar para o papel, DiCaprio visitou uma unidade de assistência. Dessa forma, ele observou um número de adolescentes com TEA e outras deficiências de desenvolvimento.

Então, ele desenvolveu a sua atuação a partir dessas observações. Dessa forma, ele foi incorporando tiques e tendências que eram familiares para muitas famílias de crianças com TEA.

O filme também recebeu aplausos por representar os desafios para as famílias de crianças com TEA.

Desafios familiares bem representados

A frustração e a raiva mostradas pelo personagem de Depp, agravadas pela posição indesejada de cuidar de um irmão que deveria ter idade suficiente para cuidar de si mesmo, também são familiares para muitas famílias na comunidade do autismo.

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Depp interpreta Gilbert como alguém que se sente preso em seu papel como cuidador. De fato, isso é o que acontece com muitos pais e irmãos de crianças com TEA. Consequentemente, esse acabou se tornando um dos filmes sobre autismo mais realistas.

3. Fly Away

Depois que a cineasta Janet Grillo terminou o seu documentário “Autismo – O Musical”, que mostra cinco crianças com autismo participando de um workshop teatral e produzindo uma peça, ela descobriu que ainda não havia explorado tudo o que gostaria em torno do TEA.

Por ser mãe de uma criança com TEA, Grillo tinha muita experiência para produzir mais material e isso a levou ao seu próximo projeto, “Fly Away”.

“Fly Away” conta a história de uma família perturbada pelas experiências de lidar com uma filha autista, interpretada por Ashley Rickards.

Seus pais são divorciados e a sua mãe, interpretada por Beth Broderick, está desesperadamente tentando lidar com os desafios de ser mãe solteira de uma criança com TEA.

Ela tem o seu trabalho, a sua vida pessoal e os seus relacionamentos afetados, mas o filme evita um final previsível e sentimental… Mas nada de spoilers!

Rickards recebeu ótimas críticas por sua interpretação convincente de uma criança com TEA.

4. Jack of the Red Hearts

Não deve ser nenhuma surpresa que Janet Grillo tenha duas menções nesta lista, já que ela também escreveu, produziu e dirigiu o filme “Fly Away”, que é mais concentrado e focado no autismo.

“Jack of the Red Hearts” ainda toca no tema do TEA, mas leva o enredo para uma direção mais dramática.

Esse é um drama fictício sobre uma fugitiva durona que se torna terapeuta de uma menina de 11 anos com autismo.

O filme em si é bastante previsível, com a história habitual de redenção e aceitação. Mas o papel de Glory, interpretado por Taylor Richardson, é excepcionalmente retratado de forma autêntica, com algumas cenas filmadas do ponto de vista da sua personagem.

5. Atypical

“Atypical” é uma das várias novas séries que se concentram em uma personagem com autismo. E, assim como a maioria, tem sido criticada por um retrato às vezes insensível ou inepto da personagem com TEA.

No entanto, diferentemente de muitas interpretações fictícias do autismo, “Atypical” aborda as dificuldades de ser um adolescente repleto de hormônios e ter que lidar com as questões de crescer e namorar, estando no espectro autista.

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Embora a estrela do seriado, Sam, interpretado por Keir Gilchrist, seja escrita com alguns comportamentos excessivamente ridículos, que fazem com que muitas pessoas com TEA revirem os olhos, as situações em que ele e a sua família se encontram são geralmente mais familiares e mais sutis.

O modo como as obsessões de Sam influenciam a sua vida amorosa é, ao mesmo tempo, preciso e desconfortável… Como na vida real. Portanto, Atypical acabou se tornando uma das melhores representações de TEA.

6. Temple Grandin

Claire Danes traz autenticidade e precisão à sua interpretação da médica da vida real, Doutora Temple Grandin, uma notável professora de ciência animal que ajudou a revolucionar práticas no manejo humano de gado, em fazendas e em matadouros.

Danes ganhou um Emmy como atriz principal pelo papel, e uma nova geração de telespectadores aprendeu como Grandin superou as chances de se tornar uma profissional respeitada no seu campo e defensora dos direitos do autismo.

7. The Bridge

“The Bridge” é mais um desses obscuros e deprimentes mistérios de assassinato escandinavos que se popularizou pelo mundo e foi adaptado para outros países, como Estados Unidos e Rússia.

Em cada uma das adaptações, a série retrata uma investigação conjunta de crimes cometidos na linha da fronteira entre dois países, necessitando da cooperação de dois investigadores dos diferentes países. Uma das investigadoras é uma mulher com autismo de alta funcionalidade.

Mas, ao contrário de quase qualquer outra série com uma personagem principal com TEA, o transtorno não é o foco da trama, ele não é declarado. Sendo assim, o transtorno é apresentado por meio das características e ações da personagem, demonstrando como ela se comporta com outras pessoas e analisa o caso.

É uma série em que a personagem tem TEA, em vez de ter uma coleção de peculiaridades e tiques que são simplesmente explicados pelo TEA.

A importância dessas representações

A representatividade é sempre fundamental para qualquer grupo. Portanto, com pessoas com autismo isso não é diferente. Boas séries e bons filmes sobre autismo são importantes para romper com preconceitos e acabar com ideias irrealistas do que é o autismo.

Boas séries e bons filmes sobre autismo são importantes para romper com preconceitos e acabar com ideias irrealistas do que é o autismo.

Você já assistiu algum desses filmes sobre autismo? Conhece alguma dessas séries? Comenta aqui qual sua opinião sobre!