Como os comestíveis como reforçadores podem ser importantes

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Intervenção baseada em Evidência Científica

Sumário

Usar comestíveis como reforçadores é uma alternativa que costuma desagradar alguns pais de crianças com atraso no desenvolvimento, como o autismo. Mas essa pode ser uma opção interessante para que o seu filho autista faça o que você pedir.

Crianças com autismo tendem a responder a uma quantidade mais limitada de reforços do que as crianças de desenvolvimento típico, e os comestíveis como reforçadores podem integrar essa quantidade limitada de itens.

Para ensinar a uma criança autista novas habilidades e estimular o seu desenvolvimento, é necessário que ela atenda as instruções recebidas. Para isso, a motivação é muito importante nesse processo.

Substituindo os comestíveis ao longo da intervenção

Mas, manter uma criança autista motivada e fazer com ela siga as orientações pode ser um processo bem trabalhoso.

Dessa forma, o uso dos comestíveis como reforçadores tende a ser uma boa alternativa para facilitar esse caminho, mesmo que eles sejam utilizados somente no começo do treinamento.

comestíveis como reforçadores

Como utilizar os comestíveis como reforçadores

De fato, é compreensível que alguns pais não queiram usar os comestíveis como uma solução a longo prazo para motivar os seus filhos autistas. Mas se essa for a melhor opção no início da intervenção, ela não deve ser descartada.

Uma opção seria iniciar o processo com os comestíveis e, posteriormente, quando a criança aprender a seguir os comandos, substituí-los por outros reforçadores. Como, por exemplo: brinquedos, elogios, jogos, brincadeiras, livros, figurinhas, filmes, desenhos, videogame, dentre outras opções.

Desse modo, essa alternativa pode ajudar a reduzir a necessidade de reforçadores comestíveis no decorrer da intervenção.

Os pais devem ter em mente que o objetivo principal do processo é fazer com que os seus filhos autistas respondam as suas solicitações, e que isso deve ser feito usando reforçadores fortes o suficiente para deixar a criança motivada, mesmo que sejam os comestíveis.

Usando os reforçadores sociais

Com o passar do tempo, a ideia é que a criança passe a responder aos reforçadores sociais. Por exemplo: elogios, sorrisos, aplausos, polegares para cima, acenos da cabeça, piscadinhas, dentre outros.

Portanto, quando ela estiver respondendo bem aos reforçadores comestíveis, o instrutor deve começar a introduzir os reforçadores sociais. Dessa forma, deve começar mudando a sua entonação para fazer elogios antes de entregar os reforçadores.

Repetindo o uso dos reforçadores sociais diversas vezes, a criança começará a associá-los como reforçadores. Mas é importante que o uso dos elogios seja controlado e reduzido gradualmente com o passar do tempo, para evitar que a criança se acostume com eles e diminua a sua capacidade de responder aos comandos.

comestíveis como reforçadores e reforçadores sociais

Alternativas além de comestíveis como reforçadores

Além disso, há outras alternativas de reforçadores para serem utilizadas com as crianças autistas que gostam muito dos comestíveis, como cantar uma música que ela goste, dançar, tocar instrumentos musicais, rodopiar, balançar, jogá-la para cima, girá-la em uma cadeira…

Cabe ao instrutor usar a criatividade e apresentar sempre novas opções de reforçadores. Dessa forma, é possível verificar aqueles que deixarão as crianças mais motivadas e farão com que elas respondam positivamente as suas solicitações.

É importante lembrar que uma criança é diferente da outra e, portanto, o que agradar uma pode não necessariamente agradar a outra.

Por isso, é importante apresentar o maior número possível de reforçadores e verificar os mais adequados para a criança, fazendo uso deles para obter o retorno esperado, bem como para desenvolver novas habilidades que contribuam para o desenvolvimento da criança autista.

Aprendendo mais sobre reforçadores

Entendendo a importância do uso de reforçadores, muitas dúvidas podem surgir. Afinal, como aplicar os reforçadores? Você – seja pai ou profissional que trabalha com criança atípica – pode aprender mais disso clicando aqui e conhecendo nosso curso sobre reforçadores. Confira!

Texto baseado em: https://partingtonbehavioranalysts.com/blogs/parents-and-caregivers/i-do-not-want-to-use-edibles-as-reinforcers