Síndrome de Asperger ou Autismo? Quais as diferenças?

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Intervenção baseada em Evidência Científica

Sumário

Muitas pessoas enfrentam grandes dúvidas para diferenciar a Síndrome de Asperger do Autismo. Especialmente após a inserção da Síndrome de Asperger ao Transtorno do Espectro Autista no DSM-5, esse tema se tornou mais complexo.

Vamos esclarecer isso e outras dúvidas de forma descomplicada nesse artigo. Siga lendo!

História da Síndrome de Asperger

A síndrome de asperger foi relatada pela primeira vez por estudante de medicina um alemão chamado Hans Asperger, em 1944, apenas um ano após a palavra “autismo” ter sido relatada pela primeira vez.

Hans Asperger relatou pela primeira vez sobre quatro casos de meninos que tinham deficit em habilidades sociais, interesses restritos, atípicos e incomuns, além de possuírem dificuldades motoras

Na época, isso não foi tão divulgado especialmente por fatores históricos, tendo em vista que foi na mesma época da Segunda Guerra Mundial. Além disso, esses relatos foram publicados em alemão, uma língua que possuíam um acesso mais difícil.

Em 1981, uma autora americana fez uma revisão do que o Asperger havia escrito e isso começou a despertar interesse da comunidade científica, para pesquisar, entender, estudar e ler mais sobre a Síndrome de Asperger.

A síndrome foi relatada no DSM4 TR (do ano de 2000), o manual diagnóstico estatístico de transtornos mentais, em que havia especificação sobre a Síndrome de Asperger, como um transtorno do neurodesenvolvimento no qual as pessoas possuem déficits severos sociais com interesses restritos.

Quais as características da Síndrome de Asperger?

Segundo a CID-1, a Síndrome de Asperger foi relatada como um transtorno que difere do autismo primariamente por não haver nenhum atraso ou retardo global no desenvolvimento cognitivo ou de linguagem.

A maioria dos indivíduos é de inteligência global normal, mas é comum que sejam marcantemente desajeitados, e a condição ocorre majoritariamente em meninos (com a proporção de 8 meninos a cada 1 menina).

Além disso, pessoas com Asperger possuem um déficit na aquisição de habilidades motoras e anormalidades nas interações sociais.

Por fim, uma das características mais marcantes são os interesses incomuns e restritos, dos quais as pessoas com Asperger querem apenas falar sobre aquilo e interagir com aquele tema específico, o que atrapalha o convívio social

síndrome de asperger

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Asperger e TEA

Em 2013, foi lançado o DSM-5, uma atualização do manual que não traz nada sobre a Síndrome de Asperger, colocando esta síndrome dentro do autismo.

O autismo, segundo o DSM-5, agora passa a ser Transtorno do Espectro Autista, classificação a qual a Síndrome de Asperger passa a pertencer.

O grande problema disso é que as crianças com Síndrome de Asperger não deixaram de existir apenas pelo fato do manual ter mudado os critérios diagnósticos.

E existem grandes diferenças entre uma criança no autismo infantil e uma criança Asperger, embora ambos tenham sido colocados dentro da mesma classificação.

Essa classificação é perigosa porque na hora de serem indicadas políticas públicas e legislações, por exemplo, serão levados mais em considerado as características mais predominantes no Transtorno do Espectro Autista, presente nos autistas leves, moderados e severos. Assim, a Síndrome de Asperger pode começar a ser mais esquecida.

Na Síndrome de Asperger nós vemos que as crianças desenvolvem bem a sua linguagem, diferente das pessoas com autismo.

No autismo, há uma porcentagem muito grande de pessoas que estão associadas a deficiência intelectual ou perda de suas habilidades cognitivas, enquanto na Síndrome de Asperger as habilidades cognitivas e de linguagem são preservadas.

Entende-se como perigoso agrupar diferentes diagnósticos em um mesmo grupo. Por isso, essa decisão do DSM-5 vem sendo fortemente critica e é necessária atenção para a diferença entre Asperger e Autismo.

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