Autismo e histórias de sucesso: Conheça essas 5 pessoas incríveis

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Intervenção baseada em Evidência Científica

Sumário

Com qual frequência você ouve falar sobre autismo e histórias de sucesso? Todos na comunidade ABA (Análise do Comportamento Aplicada) já ouviram dizer que o comediante norte-americano Jerry Seinfeld pode ter Asperger…

Os sites americanos E! e TMZ não vão deixar você esquecer que o finalista do American Idol, James Durbin, apresenta autismo…

E não existem menos especulações sobre grandes personagens científicas históricas, como Einstein, Newton e Tesla.

Mas, quando falamos sobre autismo e histórias de sucesso, há muitas outras histórias que não envolvem os ultrafamosos, os muito ricos ou os hiperinteligentes.

Para muitos pais com filhos recém-diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista, pode ser bom saber que é completamente possível que as pessoas no espectro do autismo tenham uma vida plena e significativa.

Claro que isso não significa necessariamente ser mundialmente conhecido ou um titã da indústria… Mas não seria nada mal.

Então, aqui estão cinco histórias de sucesso de indivíduos com TEA (Transtorno do Espectro Autista). Você provavelmente reconhecerá alguns das manchetes, e outros não. Mas uma coisa é certa: todos são reconhecidos por muito mais do que apenas a sua deficiência.

Autismo e histórias de sucesso para inspirar

1. Stephen Wiltshire – Artista Aclamado

Stephen Wiltshire nasceu em Londres, em 1974, e rapidamente mostrou muitos dos sintomas típicos de TEA, pois ele era mudo e parecia viver quase inteiramente no seu próprio mundo, obcecado por assuntos como os automóveis americanos. Então, ele foi diagnosticado aos três anos de idade e permaneceu incapaz de falar até os oito anos.

Mas, uma coisa que ele podia fazer era desenhar. Ele começou a esboçar os prédios de Londres, e os desenhos eram extraordinariamente precisos, com os mais belos detalhes arquitetônicos, apenas com um relance de olhos.

Ele vendeu o seu primeiro desenho aos oito anos de idade, e o primeiro-ministro britânico o encarregou de desenhar a catedral de Salisbury.

Quando tinha 32 anos, as habilidades de Wiltshire foram reconhecidas como parte da Ordem do Império Britânico e ele recebeu uma galeria permanente no Royal Opera Arcade, em Londres, para expor os seus trabalhos. 

2. Justin Hansen – Estrela do Futebol Americano

Justin odiava futebol no começo. Odiou que o seu pai o fez começar a jogar na escola primária. Odiava estar perto dos outros jogadores. Além disso, odiava os treinadores. Pois, eles não o queriam lá em primeiro lugar por ser um garoto desajeitado com Asperger, que viam como um caso de caridade.

Mas ele era bom. Ter sofrido bullying, apesar de ser o maior garoto do seu quarteirão, resultou em muitas emoções reprimidas – fáceis de eliminar em um jogo, partindo para cima de um atacante ou correndo de volta.

Não importava que ele não gostasse de fazer contato visual com ninguém. Não importava que ele não gostasse de sair do seu quarto, e preferisse jogar jogos de estratégia e imaginação ao invés de sair com os amigos – ele não tinha muitos amigos de qualquer maneira.

Mas a vida no vestiário mudou isso. Quando estava no último ano, Justin não era mais o homem estranho, ele era o excepcional defensor de linha que as faculdades estavam tentando recrutar.

Ele conseguiu uma bolsa de estudos na Universidade do Estado do Colorado, e tornou-se parte da equipe, um dos caras. Ao longo do caminho, ele aprendeu a socializar. Seus companheiros de equipe o levaram para sair. Ele aprendeu a rir, a trocar conversa fiada.

Hoje, Justin sonha em conseguir um lugar na Liga Nacional de Futebol Americano. É um longo caminho para o garoto com TEA que odiava futebol. 

3. Temple Grandin – Behaviorista Animal

Quando falamos sobre autismo e histórias de sucesso o nome dela é sempre mencionado. Temple Grandin é uma das histórias de sucesso de autismo mais conhecidas na comunidade ABA.

A razão pela qual ela é conhecida é algo que seria impressionante para qualquer um – desde amantes de animais, até inovadores da indústria e defensores dos direitos da neurodiversidade: ela não apenas contribuiu com trabalhos inovadores para o campo da ciência animal, como também é uma voz em defesa das pessoas com autismo.

A ciência e o autismo

Mas, a ciência veio em primeiro lugar – embora Grandin tenha mostrado todos os sinais clássicos de autismo ainda jovem, ela não foi formalmente diagnosticada com TEA até os 64 anos, já com uma longa e distinta carreira trilhada.

Ela foi uma das primeiras defensoras do tratamento humanizado do gado e publicou mais de sessenta artigos sobre manejo de gado.

Porém, na defesa de pessoas com TEA e na comunidade ABA, ela é mais conhecida por inventar a “máquina do abraço”, um dispositivo que aplica um tipo de pressão profunda da cabeça aos pés, distribuída uniformemente por todo o corpo, para diminuir a ansiedade e ajudar indivíduos hipersensíveis, com TEA, a relaxar.

Muitas variações da máquina do abraço agora estão amplamente disponíveis, desde produtos infláveis para crianças, ​​prontos para uso, e itens que podem ser usados como roupa, até máquinas comerciais para uso clínico.

4. Susan Boyle – Cantora

Quando estamos falamos sobre autismo e histórias de sucesso, é comum o seu nome surgir também. Susan Boyle tinha 47 anos quando a sua carreira de cantora foi lançada, mas ela compensou o início tardio com um grande impacto.

Depois de uma estreia de tirar o fôlego no programa Britain’s Got Talent, Boyle lançou um álbum de estreia que quebrou recordes de vendas na primeira semana. Dessa forma, tornou-se o álbum mais vendido de todos os tempos no Reino Unido.

Ela cantou no Jubileu de Diamante da Rainha – a maior honra para um cantor na Grã-Bretanha – e seguiu para uma carreira bem-sucedida e extremamente lucrativa.

É surpreendente que ela não tenha sido descoberta até os 50 anos. Mas o fato de ter lutado contra a síndrome de Asperger durante toda a sua vida pode ter tido a ver com isso.

A dificuldade no diagnóstico

Relatos da imprensa sobre comportamentos erráticos no início da sua aparição, televisionada no Britain’s Got Talent, surgiram quase imediatamente, e rumores de que ela ficou internada por um tempo em um hospital psiquiátrico circularam.

A tensão e a pressão da fama são muito para qualquer pessoa, mas Boyle ainda não sabia que tinha Asperger. Quando criança, foi informada de que tinha danos cerebrais, mas não foi oferecida nenhuma opção de tratamento.

Depois de ser oficialmente diagnosticada com Asperger, aos 51 anos, ela continuou a sua carreira e recebeu ajuda e compreensão necessárias para lidar com as exigências do estrelato. 

5. Matt Cottle – Padeiro Reconhecido

Quando Matt Cottle perguntou a sua supervisora, em uma mercearia na cidade norte-americana de Scottsdale, se poderia deixar de ser um empacotador para trabalhar na padaria. Porém, ela disse que ele nunca faria nada além de recolher carrinhos de supermercado no estacionamento da loja.

Cottle tinha se apaixonado por cozinhar no colégio, durante uma demonstração culinária. Com a obsessão estereotipada de alguém com TEA, ele pensava em cozinhar o tempo todo.

Ele pensou nisso por seis anos trabalhando na mercearia. Ele pensou sobre isso durante várias tentativas para ingressar na escola de culinária, apesar de ter sido rejeitado todas as vezes, por problemas decorrentes do seu autismo.

Conquistando sua história de sucesso

Finalmente, Cottle decidiu trilhar o seu próprio caminho e fazer por si mesmo o que ninguém iria ajudá-lo a fazer. Ele encontrou um chefe de confeitaria disposto a lhe ensinar, e com o tempo ele refinou o seu ofício, trazendo um novo nível de maestria e criatividade para a arte da panificação.

Em seguida, ele deu um grande salto para realizar o seu sonho e abriu a sua própria padaria.

Então, ele resolveu homenagear a sua nova profissão e o seu transtorno. Por isso, ele escolheu um nome para lembrar o mundo culinário sobre o que ele teve que superar para chegar onde estava. Ele a chamou de Stuttering King Bakery (Padaria do Rei Balbuciante).

Juntamente com sua mãe, Cottle dirige um bufê, servindo assados ​​deliciosos, ao redor da área metropolitana de Phoenix, Estados Unidos… Nada mal para um cara que as pessoas não achavam que poderia fazer mais do que recolher carrinhos de supermercado.

autismo e histórias de sucesso

Falar sobre autismo e histórias de sucesso é necessário

Falar sobre autismo e histórias de sucesso é muito importante para mostrar que o TEA não é somente sobre limitações e dificuldades. Divulgar essas histórias ajuda a romper com preconceitos e lançar uma nova luz sobre o tema.

Caso você tenha gostado do artigo e é um pai, mãe ou convive com uma criança com TEA, clique aqui para conhecer um pouco mais sobre ABA e expandir seu conhecimento!

Então, você já conhecia alguma dessas histórias? Conhece outra história de sucesso que gostaria de compartilhar? Comenta aqui embaixo!