Dicas para desenvolver a linguagem de crianças autistas

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Intervenção baseada em Evidência Científica

Sumário

 A dificuldade com a comunicação e o desenvolvimento da linguagem de crianças autistas é uma das principais características apresentadas, e costuma ser um dos primeiros sinais do autismo identificados pelos pais.

É importante ficar claro que a comunicação não está relacionada somente com a fala. Por mais que essa seja a forma mais utilizada pela maioria de nós para nos comunicarmos.

Por isso, a criança não precisa necessariamente falar para se comunicar. Outras formas de comunicação usadas pelas crianças são, por exemplo: pegar ou devolver algo; fazer contato visual; pedir algo usando gestos, sinais, cartões; chorar, gritar, fazer birras.

Para a maioria das crianças de desenvolvimento típico, o desenvolvimento da linguagem é algo que ocorre naturalmente. Desse modo, elas vão crescendo e começando a relacionar-se com as pessoas e o ambiente ao seu redor. Mas para as crianças autistas é uma habilidade que normalmente precisa ser ensinada.

Esse processo deve ser realizado em duas etapas, iniciando pelo ensino da linguagem receptiva, que é a capacidade de compreender o que é dito pelas outras pessoas. Em seguida, para o ensino da linguagem expressiva, que é a capacidade de falar, pedir.

Para facilitar esse processo, apresentamos a seguir algumas dicas para desenvolver a linguagem:

Desenvolver a linguagem de crianças autistas

  • coloque os brinquedos da criança em caixas transparentes, em locais onde ela não alcance, de forma que para obter o item desejado ela tenha que pedir com gestos, vocalização ou apontando para ele;
  • comece a cantar músicas que a criança goste, mas pause antes das partes principais para ela completar a música;
  • ensine a criança a fazer pedidos (mandos) usando palavras simples;
  • manipule a motivação, por exemplo, comendo algo na frente dela ou colocando a comida dentro de um pote;
  • use poucas palavras e quase nada de frases, é preferível usar menos palavras com um menor nível de ajuda;
  • comece o ensino de palavras com nomes de itens, que são mais concretos e, por isso, mais fáceis de aprender, e depois ensine os nomes das ações;
  • não use palavras de boas maneiras no começo, como “por favor” e “obrigada”, pois elas podem confundir as crianças;
  • ensine a criança a fazer nomeações (tato) para que ela adquira vocabulário para poder comunicar-se com as outras pessoas;
  • torne o processo de ensino divertido e interessante para a criança, estimule a curiosidade dela, use itens que ela goste, faça uso de figuras;
  • passe demandas que a criança seja capaz de realizar;
  • sempre que der uma demanda, faça a criança cumpri-la, mesmo que seja necessário oferecer ajuda;
  • sempre elogie e reforce o comportamento da criança, mesmo que o resultado não tenha saído exatamente como o desejado;
  • inclua o ensino da linguagem no dia a dia e repita os passos várias vezes por dia para tornar o ensino intensivo.

Aprendendo mais sobre linguagem de crianças autistas

É importante ressaltar que o ritmo de aprendizagem das crianças autistas varia muito de uma para outra, dependendo do nível do autismo e do repertório apresentado por ela.

Portanto, o ensino deve ser planejado para atender especificamente as necessidades da criança em questão, devendo ser realizada uma avaliação prévia para identificar o que a criança sabe e não sabe fazer, bem como a coleta periódica de dados para avaliar o progresso da criança.

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