Hoje, trazemos um artigo que reflete a realidade da moradia assistida nos Estados Unidos para pessoas com atraso no desenvolvimento, visto que é muito importante conhecermos as práticas adotadas em outras culturas que estão há mais tempo envolvidas com questões como essa.
No Brasil, infelizmente, ainda não temos um projeto como esse implementado, contudo podemos nos beneficiar do contato com essas diferentes realidades para usarmos como inspiração em nossa luta pelos direitos das pessoas com atraso no desenvolvimento em nosso país.
A realidade dos Estados Unidos
Nos Estados Unidos, recentemente, ocorreram mudanças relativas aos ambientes residenciais voltados para as pessoas com atraso no desenvolvimento.
Os Centros de Serviços Medicare e Medicaid (CMS), que correspondem ao sistema de seguros de social, saúde e ao programa de saúde respectivamente, foram alguns dos órgãos que regulamentaram essas mudanças.
Atualmente, muitos estados do país, como a Pensilvânia, não financiam ambientes residenciais para indivíduos com atraso no desenvolvimento com mais de três ou quatro pessoas.
A justificativa para essa conduta, considerada discriminatória, baseou-se na orientação anterior emitida pelos CMS, que classificava fazendas, condomínios fechados e habitações agrupadas como não compatíveis com a regra de 2014. Pois, tal regra pretendia acabar com o isolamento e a segregação das pessoas com atraso no desenvolvimento.
Na prática, essa conduta significou avaliar as políticas apenas em termos de quantas pessoas com desenvolvimento típico trabalham e vivem com um indivíduo com atraso no desenvolvimento.
Porém, para os críticos dessa mudança, não foi considerado se essa conduta foi a desejada ou apropriada do ponto de vida da inclusão.
Estudos sobre moradia para pessoas com atraso no desenvolvimento
Estudos recentes apontam que mudanças como essa são orientadas mais pelos valores do que pelos dados.
O esforço para aumentar as opções disponíveis para as pessoas com atraso contou com apoio das famílias, dos provedores e das próprias pessoas com deficiência.
Segundo defensores das causas relacionadas ao autismo, ainda que a segurança seja uma preocupação importante, ela deve ser tratada de forma independente do ambiente residencial.
Portanto, é importante que sejam disponibilizadas muitas opções seguras, pois o abuso e a negligência podem ocorrer em qualquer lugar.
Orientações para a moradia para pessoas com atraso no desenvolvimento
A nova orientação fala sobre a importância do planejamento centrado na pessoa. Além disso, afirma o compromisso do CMS com os resultados, e não com as características físicas dos ambientes.
A orientação representou também a remoção de barreiras desnecessárias e o crescimento de uma série de novos projetos, atendendo tanto pessoas com atraso no desenvolvimento que preferem viver com colegas, como também aquelas que apresentam necessidades que precisam ser atendidas em ambientes maiores.
De todo modo, ainda podem adotar critérios mais restritivos do que os determinados pelos CMS. No entanto, com essa mudança, estados norte-americanos foi removido um pilar fundamental de apoio às políticas restritivas.
Além disso, essa questão envolve a preocupação sobre o custeio das pessoas deficientes em sua vida adulta, no caso delas não trabalharem e não receberem renda. Portanto, trata-se de uma reflexão que envolve aspectos políticos, econômicos e culturais.
Por fim, a importância maior dessa mudança está no fato de o apelo das pessoas com atraso ter sido ouvido, garantindo a possibilidade de elas viverem em casas que antes eram disponibilizadas somente para as pessoas com desenvolvimento típico.
Entendendo mais as necessidades
De fato, é extremamente necessário nos atentarmos para as necessidades das pessoas com atraso, não somente olhando pelo lado de uma pessoa com desenvolvimento típico.
Dessa forma, uma das principais coisas que podem ajudar muito a você entender as necessidades de uma pessoa com atraso no desenvolvimento é estudar sobre a Análise do Comportamento.
Pois, a ABA te ajudará a ganhar uma nova perspectiva e aprender como lidar com as necessidades e demandas de pessoas e crianças com atraso.
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