Será que é mesmo preciso ter uma supervisão para ser terapeuta ABA? O que as leis determinam sobre a formação e atuação destes profissionais no Brasil?
Muitas pessoas ainda estão conhecendo a profissão de terapeuta ABA, que também possui o título de analista do comportamento. Com isso, surgem diversas dúvidas sobre o que é necessário ou não para você ser um terapeuta ABA.
Vamos esclarecer diante das leis brasileiras se é necessário supervisão para ser terapeuta ABA, assim como o que é recomendável.
Preciso de supervisão para ser terapeuta ABA?
Quando falamos sobre o que é ou não necessário para uma pessoa exercer uma profissão é importante irmos, primeiro, para o que diz a lei do país.
A Análise do Comportamento é uma ciência autônoma (ou seja, não pertence à outra área, como psicologia, pedagogia…) e que não possui uma regulamentação, ou seja, não existem leis no Brasil que determinam os parâmetros de atuação sobre esta profissão.
Inclusive, ainda não há nem mesmo um projeto de lei para os analistas do comportamento em nosso país, muito embora estes profissionais sejam muito necessários e o número de pessoas que decidem atuar como terapeutas ABA têm crescimento cada vez mais.
Quando não há um regulamento, não há como dizer que determinada pessoa não possa atuar como analista do comportamento.
Assim, pessoas que nem mesmo possuem uma pós-graduação podem acabar se intitulando como terapeuta aba.
Da mesma forma, pessoas que não possuem uma supervisão profissional também podem exercer a profissão de analista do comportamento. Afinal, não há nenhuma lei que impeça isso.
De modo simples, não é necessário ter supervisão para ser terapeuta ABA no Brasil, pois não há leis que determinem isso. Também não há leis que determinem quem pode ou não fornecer supervisão para analistas do comportamento, obviamente.
É necessário a supervisão para ser terapeuta ABA?
Embora não podemos falar que é obrigatório que um terapeuta ABA atue com supervisão, podemos afirmar que a supervisão possui um papel muito importante para o profissional analista do comportamento.
A criação da supervisão veio a partir de uma demanda de profissionais que necessitaram solicitar ajuda em seus casos. Assim, se criou o mercado de supervisão, de profissionais capacitados a orientar e acompanhar os casos junto ao terapeuta ABA.
Por isso, a pessoa que fornece uma supervisão para um terapeuta ABA acaba se tornando um profissional que assume a responsabilidade da sua prática, que estará supervisionando a sua atuação profissional.
Entende-se que o mais correto para quem deseja realizar um trabalho ético é realizar seus atendimentos com supervisão. No entanto, isto não é uma regra ou uma lei, ficando à critério do próprio terapeuta ABA esta decisão sobre sua prática profissional.
