Autismo no Brasil: Ensino, inclusão, preconceito e outros dados

Receba nossos conteúdos exclusivos

Intervenção baseada em Evidência Científica

Sumário

Dia 2 de Abril é celebrado o Dia Mundial da Conscientização do Autismo. Mas embora exista um dia no calendário dedicado a essa conscientização, é essencial que a população tenha mesmo mais informação sobre o assunto. E, por isso, resolvemos compartilhar os resultados extraídos de uma pesquisa realizada por nós, do IEAC, acerca do autismo no Brasil.

Nosso objetivo é mostrar a realidade do nosso país. Mas a partir da visão de pais de pessoas autistas, sobre a educação e a inclusão dessas crianças no sistema educacional e convívio social escolar.

Autismo no Brasil e a falta de informação

Quando falta informação clara, objetiva e, principalmente, verdadeira sobre o assunto, sobra preconceito. Segundo 55,1% dos participantes da nossa pesquisa, revelaram que tiveram dificuldades para conseguir obter informações seguras quando receberam o diagnóstico de autismo de seus filhos.

Agora, pense a respeito de pessoas que nunca tiveram contato com outras pessoas autistas, não conviveram na escola, na faculdade, no trabalho, na família ou no círculo social.

Se pais de crianças que foram diagnósticas encontraram dificuldade para conseguir obter informações seguras, imagine pessoas que nunca tiveram um contato direto.

E, embora existam cerca de 2 milhões de pessoas autistas no Brasil, o autismo é ainda um tema pouco falado, pouco debatido e, especialmente, sem muitas informações seguras e verdadeira sendo divulgadas de forma ampla para a sociedade.

Autismo no Brasil pesquisa

Educação e a falta de inclusão no ensino

O efeito dessa falta de informação a gente pode observar sendo refletido na qualidade do ensino de crianças autistas.

Desde escolas públicas, particulares e até mesmo escolas especiais, os pais que participaram da pesquisa atribuíram notas medianas para todos os sistemas de ensino aos quais seus filhos estão inseridos.

Além disso, 55,1% das crianças já sofreram preconceito na escola por serem autistas.

Quando a criança autista está na escola, é necessário que sejam desenvolvidas atividades diferenciadas para seu desenvolvimento. Além de ser importante repensar na sua acessibilidade e no que faz sentido para cada criança, de forma individual.

Tudo isso exige um esforço em conjunto da escola e também de outros profissionais que fazem o acompanhamento do desenvolvimento dessa criança.

Ao receber o diagnóstico de autismo, os pais passam por muitas coisas. O medo, a insegurança e a falta de informação são algumas das mais assustadoras.

É por isso que nós do IEAC trabalhamos para ajudar divulgar informação cientifica sobre o assunto, desmistificando o autismo e desenvolvendo cursos e treinamentos tanto para profissionais de diversas áreas que querem se especializar, quanto para pais que querem aprender mais para ajudar seus filhos.