Autismo: O que é, causas, sinais de alerta e diagnóstico

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Intervenção baseada em Evidência Científica

Sumário

O autismo ou Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um atraso do neurodesenvolvimento que tem como características principais os déficits significativos na interação social, na linguagem e na comunicação.

A severidade desses déficits varia muito entre os autistas. Se esses atrasos não forem tratados precocemente, eles poderão desencadear problemas na aprendizagem e adaptação em diferentes ambientes.

O que causa o autismo?

Até o momento, não foi descoberta a causa do autismo. Há indícios de uma causa fortemente genética, mas não há dados confiáveis para a identificação do gene para o autismo, sendo que as pesquisas ainda estão em andamento.

Existem fatores ambientais de risco, como idade avançada dos pais, filhos de imigrantes recentes, infecções durante a gravidez, morar perto de rodovias, exposição a pesticidas, mercúrio, chumbo e outros metais tóxicos, exposição medicamentosas, toxinas relacionadas à dieta e poluentes do ar.

É importante destacar que não há qualquer relação entra a vacinação e o autismo. A criança já nasce autista.

Sinais de alerta do autismo

Os sinais do autismo variam muito de uma pessoa para outra. Cada autista possui capacidades diferentes de linguagem, comunicação, socialização, dentre outras habilidades.

É importante conhecer os marcos de desenvolvimento infantil, para saber o que é esperado que a criança faça em cada faixa etária, e os sinais de alerta do autismo, conforme apresentados a seguir.

  • apresentar atraso na fala e nas habilidades de linguagem;
  • repetir palavras e frases (ecolalia);
  • emitir respostas sem sentido;
  • usar pouco ou nenhum gesto;
  • não apontar ou responder apontando;
  • falar de maneira constante, robótica ou cantada;
  • não brincar de faz de conta;
  • não entender piadas, sarcasmos ou provocações;
  • usar a linguagem de maneira pouco comum;
  • não compreender gestos, linguagem corporal ou tom de voz;
  • não responder ao próprio nome;
  • evitar contato visual e preferir ficar sozinho;
  • não compreender os sentimentos das outras pessoas;
  • não compreender o limite de espaço das outras pessoas;
  • não compartilhar interesses com as outras pessoas;
  • apresentar reações incomuns a sons, luzes, cheiros, sabores;
  • evitar ou resistir ao contato físico;
  • não ser confortado pelas pessoas durante momentos de estresse;
  • apresentar dificuldade para fazer amizades;
  • alinhar brinquedos;
  • brincar com brinquedos sempre da mesma maneira;
  • ser muito organizado;
  • irritar-se com pequenas mudanças;
  • precisar seguir uma rotina;
  • gostar de partes de objetos;
  • possuir interesses obsessivos;
  • apresentar comportamentos repetitivos;
  • agitar as mãos, mexer o corpo ou girar em círculos.

Critérios diagnósticos do autismo

Os critérios para o diagnóstico do autismo estão no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), elaborado pela Associação Americana de Psiquiatria.

Nesse manual, foi feita uma classificação dos transtornos mentais. Dentro dos transtornos mentais, estão os transtornos do neurodesenvolvimento, em que se enquadra o TEA, as deficiências intelectuais, os Transtornos de Comunicação, o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), os Transtornos Específicos de Aprendizagem, os Transtornos Motores, dentre outros.

Os critérios diagnósticos do autismo, de acordo com o DSM-V, estão divididos em dois grupos:

a) déficits persistentes na comunicação social e na interação social em múltiplos contextos, conforme manifestado por tudo o que se segue ou por história prévia;

b) padrões restritos e repetitivos de comportamentos, interesses ou atividades conforme manifestado por pelo menos dois dos quatro comportamentos apresentados atualmente ou por história prévia: (i) movimentos motores ou fala repetitiva; (ii) insistência nas mesmas coisas, adesão inflexível à rotina ou padrões ritualizados de comportamentos verbais e não verbais; (iii) interesses fixos altamente restritos que são anormais em intensidade ou foco; (iv) hiper ou hipoatividade a estímulos sensoriais ou interesse incomum.

Como deve ser realizado o diagnóstico do autismo?

Para realizar o diagnóstico do autismo, a criança deve ser levada para uma consulta médica, cabendo ao profissional realizar uma entrevista com os pais para conhecer o histórico médico da criança, observar os comportamentos da criança, em alguns casos exames são solicitados com o intuito de descartar comorbidades.

Entretanto muitas vezes são estes exames que os pais têm dificuldades para realizarem haja vista que é necessária muita cooperação da criança. Uma avaliação de pontos e contrapontos deve ser feita pelo médico, e discutida com a família, pois pode-se também pensar na hipótese de esperar para que esses exames sejam realizados se não há uma queixa ou fator que indique a existência ou risco de comorbidades.

O diagnóstico do autismo é 100% clínico. O médico poderá confirmar ou descartar o diagnóstico com as informações obtidas durante a consulta, ou encaminhar a criança para mais avaliações diagnósticas.

A intervenção precoce é muito importante para garantir ao autista uma melhor qualidade de vida. Mesmo que o diagnóstico demore para ser confirmado, o ideal é que a intervenção seja iniciada assim que os sinais do autismo forem identificados na criança.

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