Atendimento prestado a um homem autista por agentes de segurança de um hospital é um exemplo a ser seguido sobre como lidar com autistas em momento de crise.
Hoje, relatamos um fato que aconteceu na cidade de Chicago, nos Estados Unidos, com Walker Hughes, um homem autista de 33 anos.
Walker tem 1,80m de altura, muita força, e normalmente se comporta de maneira gentil. Ele estava com os pais em sua casa quando teve um surto, pois teve uma reação a um remédio que estava tomando com o propósito de acalmá-lo.
Foi um momento muito difícil para os seus pais, pois, ele começou a persegui-los pela casa, mordendo seu casaco e jogou o seu pai no chão. Então, os pais entraram em contato com o médico, que falou para eles imediatamente irem para o hospital.
No caminho para o hospital, Walker continuava muito nervoso e agitado, sentando no banco de trás do carro, tentando agredir a sua mãe que estava sentada no banco do passageiro.
Ao chegarem no hospital, Walker mordeu a mão da sua mãe com força e ela gritou. Nesse momento, agentes de segurança pública do hospital aproximaram-se e a mãe logo pensou no pior. Ou seja, que eles poderiam agredir o seu filho.
Mas, então, as coisas acontecerem de uma forma completamente diferente do que ela imaginou.
A atitude dos agentes de segurança de como lidar com autistas
Na verdade, os agentes levaram Walker para uma sala bem pequena onde seriam realizados testes e ele seria medicado. Ele continuava muito agitado, pulando na mesa do exame.
Contudo, em vez de conter Walker brutalmente, os agentes realizaram uma intervenção muito diferente da habitual.
Eles pediram para Walker sentar-se e o aplaudiram quando ele fez isso. Depois, pediram para ele levantar-se, correr, deitar… Então, sempre aplaudindo depois que Walker fazia o solicitado. Além disso, eles dançaram e cantaram músicas infantis por horas e Walker adorou e começou a sorrir.
A mãe ficou encantada com a atitude dos agentes, pois Walker nunca tinha recebido um tratamento hospitalar daquela maneira.
O motivo do tratamento diferente
Ela ficou surpresa ao descobrir que o sargento que estava de plantão naquele dia também era pai de um jovem autista de 14 anos, sendo esse o motivo que o levou a procurar um treinamento específico para lidar com os pacientes autistas. E também pelo fato de o diagnóstico de crianças com autismo estar cada vez aumentando mais.
Além disso, o sargento realiza treinamentos com os outros agentes, ensinando como lidar com autistas, deixando sempre claro que pessoas com autismo são muito diferentes umas das outras. Segundo ele, a polícia e os outros agentes de segurança pública estão despertando para a necessidade desse treinamento.
Em seguida, Walker recebeu os devidos cuidados e recuperou-se da medicação errada.
E a sua mãe, com um enorme sentimento de gratidão pelo atendimento prestado pelos agentes ao seu filho autista, escreveu para o hospital agradecendo e compartilhou o acontecimento nas redes sociais.
Casos como esse do Walker mostram que todos podem fazer a sua parte com o objetivo de proporcionar às pessoas com deficiências um atendimento mais adequado, levando em consideração as características e necessidades particulares de cada indivíduo.
Como lidar com autistas: O que você pode fazer?
Como você pôde ver pela história, aprender a entender o mundo pelo lado das crianças e adultos autistas é extremamente necessário. Em momentos de crise, essa necessidade se torna ainda mais importante.
Porém, você não precisa esperar chegar até o momento em que tenha que lidar com algo assim para começar a aprender sobre o assunto. Especialmente se você trabalha na área de saúde e educação.
Aqui no IEAC nós oferecemos diversos cursos e treinamentos sobre ABA (Análise do Comportamento Aplicada) que ajuda a profissionais e pais que lidam com crianças e adultos com atraso no desenvolvimento.
Dessa forma, você pode se especializar e ganhar um conhecimento prático, que te ajudará em diversas situações nas quais pode ser necessário acalmar ou ajudar uma pessoa autista.