Dificuldade com a caligrafia: como identificar sinais e lidar com o problema

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Intervenção baseada em Evidência Científica

Sumário

A caligrafia pode ser uma barreira para as crianças autistas se ela não for ensinada e trabalhada corretamente, de acordo com as características da criança, respeitando as suas limitações. Sendo assim, dificuldade com a caligrafia pode ser uma questão muito comum!

Uma criança autista que tenha sido colocada em uma sala de aula de ensino regular possivelmente precisará de um suporte especial para conseguir acompanhar os demais colegas de classe no momento de aprender a escrever as letras e os números.

Como identificar os sinais de dificuldade com a caligrafia

Durante o processo de ensino da caligrafia, é importante observar se a criança apresenta alguns dos sinais relacionados abaixo. Pois, estes sinais são indicativos da presença de dificuldades com a caligrafia:

  • Escrever as letras e os números em tamanhos muito grandes ou muito pequenos, com muito espaçamento entre eles, às vezes deformados e incompletos;
  • Escrever com muita força no papel por não ter um bom controle da sua estrutura muscular (tronco, pescoço, coluna);
  • Escrever de forma desordenada no papel, por exemplo pulando linhas e ultrapassando as margens;
  • Dificuldade para segurar corretamente o lápis de cor, o giz de cera ou a caneta.

Entendendo a dificuldade com a caligrafia

Normalmente, essas dificuldades estão relacionadas com limitações da criança em relação à coordenação motora fina, que envolve as articulações das mãos. Mas também, às vezes, à coordenação motora grossa, que envolve as estruturas musculares maiores.

Além disso, é importante observar se essas limitações também estão presentes em outras tarefas do dia a dia além da escrita. Como, por exemplo, para segurar e usar os utensílios da cozinha, os itens do banheiro.

dificuldade com a caligrafia

Como lidar com os problemas de caligrafia

A boa notícia é que essas dificuldades podem ser minimizadas com o apoio de profissionais voltados para o desenvolvimento das habilidades motoras, como os fisioterapeutas ou terapeutas ocupacionais.

Além disso, trabalhar os problemas motores das crianças autistas tende a ser um pouco mais simples do que lidar com os problemas comportamentais.

Hoje, no mercado, são comercializados materiais próprios para crianças com essas dificuldades, como por exemplo giz de cera mais grosso do que o normal.

Ademais, é importante ressaltar que a dificuldade com a caligrafia não é um sintoma que pode ser usado para diagnosticar o autismo isoladamente. Muitas crianças de desenvolvimento típico também apresentam dificuldades para escrever.

Ainda que até hoje não tenha sido descoberta a causa do autismo, é possível estabelecer o diagnóstico do transtorno com base em um conjunto de critérios, que podem ou não incluir a limitação motora e a dificuldade com a caligrafia.

Além da dificuldade com a caligrafia, crianças autistas ou com outros tipos de atraso no desenvolvimento, podem apresentar variadas dificuldades no aprendizado.

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Texto baseado em: https://www.webmd.com/brain/autism/news/20091109/kids-with-autism-need-handwriting-help#2