Estratégias para criar vínculos com crianças autistas

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Intervenção baseada em Evidência Científica

Sumário

 Crianças com atraso no desenvolvimento, como o autismo, costumam ter mais dificuldade para expressar as suas emoções e para reconhecer os sentimentos das pessoas ao seu redor, por isso acaba sendo difícil criar vínculos com crianças autistas.

Essa limitação muitas vezes gera uma impressão errada de que as crianças autistas não podem criar vínculos, já que elas têm uma tendência ao isolamento social e podem sentir-se incomodadas com o contato visual e físico.

Como acontece para criar vínculos com crianças autistas

No entanto, é muito importante ficar claro que essas crianças conseguem, sim, criar vínculos e se apegar às pessoas que as cercam.

A diferença está na forma como isso ocorre. Já que para as crianças de desenvolvimento típico esse é um processo natural, que ocorre desde que elas são bebês, quando começam a diferenciar a figura do pai e da mãe das outras pessoas, criando um forte vínculo com os pais.

Já no caso das crianças autistas, muitas vezes elas precisam ser ensinadas e treinadas para estabelecerem interações sociais, para aprenderem a comunicar-se com as outras pessoas, para demonstrarem os seus sentimentos e compreenderem os sentimentos e as expressões dos outros.

Importância de parear o adulto com a entrega dos reforçadores

A questão principal desse processo de ensino é parear o adulto, a pessoa que esteja treinando a criança, com a entrega dos reforçadores, que podem ser itens ou atividades. Dessa forma, o objetivo deve ser mostrar para a criança que a vida é melhor com o adulto do que sem ele.

O adulto deve usar e manipular os reforçadores a seu favor para que a criança realmente note a sua presença, e não somente os reforçadores.

criar vínculos com crianças autistas

Esses reforçadores para criar vínculos com crianças autistas:

  • coisas, como sons, cheiros, brinquedos;
  • elogios, abraços, beijos, “toca aí”;
  • ações, como fazer cócegas, jogar a criança para o alto, balançar a criança em um balanço, brincar em uma gangorra;
  • visitar locais que a criança goste, fazer passeios, como ir ao shopping, ir ao parque, ir ao cinema;
  • comidas e bebidas, como doces, chocolates, lanches, refrigerantes;
  • itens não convencionais, como uma panela.

Algo que deve ser evitado é interromper atividades que sejam prazerosas para a criança por causa do adulto. Por exemplo, se a criança estiver brincando com algo, esse brinquedo não deve ser tirado dela quando o adulto for iniciar o treinamento, pois, caso contrário, ela associará o adulto com a retirada do brinquedo.

Além disso, é muito importante ensinar os pais e as pessoas que convivem diariamente com a criança, como cuidadores, babás, para que eles possam replicar o treinamento realizado pelos profissionais especializados com a criança diversas vezes ao dia, de forma a tornar o tratamento mais intensivo e eficaz.

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