Muitas pessoas desconhecem as habilidades dos autistas. Por isso, atualmente, apenas uma pequena parte, menos da metade, das pessoas portadoras de autismo conseguem obter posições no mercado de trabalho condizentes com a sua formação educacional e profissional e serem empregadas com salários adequados.
Dessa forma, muitos encontram empregos que exigem pouca habilidade e são frequentemente colocados em posições que estão aquém da sua capacidade.
Mas, felizmente, essa realidade está mudando. As pessoas com autismo precisam trabalhar e seus futuros empregadores também necessitam dessa força de trabalho pelo que ela pode oferecer, não apenas para participar de um esforço de inserção do autista no mercado de trabalho.
Uma empresa que reconhece as habilidades dos autistas
Neste artigo, trazemos o caso de uma empresa multinacional de serviços bancários e financeiros localizada na Austrália, denominada ANZ Banking Group, que emprega pessoas autistas não somente pelo conceito de caridade, mas pela compreensão das habilidades dos autistas e necessidades dessas pessoas.
Matt Ormiston, pai de um menino de 12 anos diagnosticado com autismo, é diretor do ANZ Spectrum Program (em tradução livre, Programa do Espectro do ANZ).
Ormiston acredita que existe um potencial inexplorado nas pessoas com autismo e, após essa constatação, o ANZ Banking Group solicitou que ele contratasse e treinasse essas pessoas, que teriam pouca chance de serem contratadas por outras empresas.
Habilidades dos autistas são úteis
As pessoas com autismo apresentam grande capacidade de atenção aos detalhes, buscam informações detalhadas, variações em códigos, o que é fundamental para a segurança cibernética.
Esse programa não tem apenas o objetivo de inserir o autista no mercado de trabalho, dada a dificuldade de essas pessoas serem empregadas. Mas também visa empregar pessoas autistas que apresentem um conjunto de habilidades específicas que são necessárias para a empresa. É uma via de mão dupla.
Até o momento, o ANZ contratou quatro pessoas no espectro do autismo para cargos de segurança cibernética. Além disso, contrataram também mais cinco pessoas para cargos de analistas de testes. Pois, eles acreditam que suas habilidades específicas serão muito adequadas no exercício dessas tarefas e planejam expandir o programa no futuro.
De fato, o mercado de trabalho necessita do trabalhador autista. Afinal, o reconhecimento das habilidades dos autistas, que são específicas, representa um passo importante na inserção desses profissionais.
Dessa forma, a experiência do ANZ é muito valiosa nesse sentido e abre caminho para que novas empresas reconheçam a contribuição que esses indivíduos podem proporcionar.
Portanto, é muito importante nos espelharmos em iniciativas como essa e aplicá-las em nosso país. Afinal elas contribuem para a consolidação da inclusão dos autistas no mercado de trabalho e para o surgimento de novos programas, representando uma nova perspectiva para todos.
Aprendendo a trabalhar com autistas
Conhecer um pouco mais da realidade das pessoas autistas é fundamental para acabar com os preconceitos. Por isso, aqui no IEAC nós oferecemos diversos cursos que podem te ajudar a trabalhar com autistas desde a infância, de modo que eles possam desenvolver suas habilidades e ter um futuro sem grandes limitações.
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