As avaliações de crianças com autismo são essenciais para as intervenções. Ao longo de artigo, explicamos alguns tipos de avaliações, a importância delas e por que é importante estudar especificamente avaliações para crianças com autismo, confira!

Tipos de avaliações diferentes

Existem diversos tipos de avaliações quando se trata em trabalhar com crianças com autismo.

Existem avaliações com cunho diagnóstico. Nesse caso, a intenção é ajudar a fazer uma triagem e rastreamento de habilidades da criança que está sendo avaliada.

Outro tipo de avaliação é para avaliar os problemas de comportamentos. Ela existe justamente para descobrir e ajudar a elaborar um plano de intervenção comportamental que tenha o foco em saber por que a criança está se comportando daquela maneira. Essas são as avaliações funcionais do comportamento.

Há avaliação que tem o foco específico de fazer o levantamento de repertorio comportamental. O que isso significa? Realizar um levantamento de todas as habilidades que essa criança possui. Ou seja, tudo que ela sabe e também o que ela não sabe fazer. Assim, os profissionais poderão atuar ensinando para ela exatamente o que é necessário naquele momento. Mas tudo isso a partir de um planejamento organizado.

Por isso que é muito importante ter noção de tudo que existe na área para se situar e se organizar, como um profissional que vai trabalhar com crianças autistas. Afinal, você precisa compreender o que é mais importante saber em cada momento sobre aquela criança. E, assim, quais ferramentas você tem disponíveis para chegar a esses resultados.

O que é importante saber nas avaliações de crianças autistas

Para trabalhar com crianças autistas, é necessário ter muita organização, pois essas crianças ela já possuem um déficit de muitas habilidades. E, se não houver organização, você poderá se perder nas intervenções entre as coisas que ensinou, que faltam ensinar, quanto tempo a criança está levando nesse processo de aprendizagem…

Pode ser até que funcione sem organização! Mas sem dúvidas não será tão eficiente quanto seria se todas essas informações estivessem sendo bem organizadas.

Também é necessário saber o que é esperado para cada faixa etária. Quando se faz avaliação de habilidades está fazendo levantamento de repertorio de comportamentos que a criança tem, quais habilidades ela possui. Todos os comportamentos que são esperados para aquela faixa etária é o que você deve avaliar.

Além disso, ter metas e objetivos muito claros (e organizados!) é essencial para você sempre saber o que será usado na intervenção e se aquilo terá um bom grau de efetividade ou não para a criança com quem você está trabalhando.

Afinal, cada criança é diferente e não é por você estar trabalhando com crianças autistas que isso significa que existirá um padrão no qual você vai encaixar todas essas crianças.

Estudo das avaliações

Por isso, é crucial que todo profissional que trabalhe com autismo estude sobre avaliação.

Na minha experiência, com meu filho Diogo, os profissionais sempre usavam avaliações generalistas. Dentro de apenas uma primeira sessão eles já começava a realizar a intervenção ou já estavam com programas prontos.

Mas isso deixa muitas lacunas importantes. E, especialmente, pula pré-requisitos, ensinando coisas que, naquele momento, não eram funcionais, não havia aplicabilidade e não faziam sentido para a criança com a qual estavam trabalhando.

Por consequência, isso traz prejuízos para a intervenção, pois se você já não começa corretamente, detalhando no processo de avaliação, será muito mais difícil você ter sucesso na sua intervenção.

Por isso, estudar as avaliações profundamente é crucial. Pois, é importante fazer um processo de avaliação bem definido para conhecer os protocolos de avaliações que facilitam, e quais são as melhores formas de avaliar crianças com autismo.

Avaliações de crianças com autismo

Além disso, nós enfrentamos outro tipo de problema com muitos profissionais. Pois, na maioria das vezes, as avaliações que te ensinaram, seja na faculdade ou em uma pós-graduação, não foi focado em autismo.

De fato, existem muitas avaliações aprendidas por psicopedagogos, fonoaudiólogos e outros profissionais que não são adequadas para autistas.         

E, no caso dos autistas, o déficit de diversos comportamentos-problema ocorre em diversas áreas: linguagem, comunicação, motora, pedagógica. Portanto, é necessário fazer o levantamento das habilidades. Pois, só assim será possível apontar o caminho correto para que possa fazer a avaliação de maneira adequada de forma que não tenha lacunas.

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