No artigo de hoje, falamos sobre a importância da equipe e intervenção transdisciplinar no tratamento das crianças com atraso no desenvolvimento, como o autismo, sobre o papel e a conduta que cada um dos profissionais envolvidos deve ter para o sucesso da intervenção.
Importância da intervenção transdisciplinar
Algumas pessoas, sejam profissionais, pais, cuidadores, acreditam que o analista do comportamento tem o papel de substituir os outros profissionais, como o fonoaudiólogo, o terapeuta ocupacional, o psicólogo e outros.
Porém, essa visão está errada, já que o tratamento deve ser transdisciplinar, com todos os profissionais trabalhando para atingir um mesmo objetivo.
Nos Estados Unidos, país referência no tratamento do autismo, profissionais de outras áreas são também Analistas do Comportamento. Portanto confrontando a visão de que um profissional poder fazer somente determinada coisa.
No Brasil, por outro lado, ainda se discute muito sobre isso, mas é importante nos espelharmos no exemplo dos Estados Unidos e pensarmos se essas discussões realmente valem a pena e se elas vão nos levar a algum lugar. Pois, agindo assim podemos, ao invés de ajudar, estar atrapalhando o tratamento dos pacientes.
Uma equipe transdisciplinar em que todos os envolvidos pensem juntos e com os mesmos objetivos em mente, focando nas características e necessidades do paciente em questão é essencial, pois certamente trará melhores resultados e ganhos para todos os envolvidos, principalmente para o paciente.
Para intervir em crianças com atraso, é importante que todos os profissionais envolvidos tenham conhecimento sobre os princípios e procedimentos da Análise do Comportamento.
Dessa forma a equipe se desenvolve, trabalha melhor e todos falam a mesma língua, que deve ser a analítico-comportamental.
É necessário respeitar os limites éticos e os pré-requisitos de desenvolvimento infantil, analisando o contexto e as necessidades do paciente, chegando todos a denominadores comuns, visando sempre o bem-estar desse paciente.
Intervenção transdisciplinar e as habilidades
Portanto, para que o trabalho em equipe esteja bem integrado, os profissionais envolvidos devem apresentar as habilidades listadas a seguir:
- trabalhar com os mesmos objetivos que os demais;
- ser flexível para escutar as opiniões dos outros;
- ser aberto para expor o seu ponto de vista;
- estar aberto para aprender com os outros;
- dar oportunidades dos outros aprenderem com você;
- conseguir adaptar-se às situações;
- ter confiança no seu próprio trabalho;
- ter segurança no seu conhecimento.
O desenvolvimento e aprimoramento dessas habilidades é essencial para o sucesso da equipe.
É muito importante eliminar as barreiras que possam existir entre os envolvidos, mantendo um compromisso não somente entre eles, mas principalmente com os pacientes, que serão os maiores afetados pelos resultados alcançados com as intervenções.
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