A síndrome de Asperger passou a ser enquadrada, desde 2013, dentro do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), de acordo com a quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5).
O que é essa síndrome? E o diagnóstico?
Pessoas com síndrome de Asperger são de todas as nacionalidades e origens culturais, religiosas e sociais, embora pareça afetar mais os homens do que as mulheres. Mas elas veem, ouvem e sentem o mundo de uma maneira diferente das outras pessoas.
A síndrome de Asperger varia muito de pessoa para pessoa, por isso é difícil fazer o diagnóstico. Dessa forma, é comum as pessoas serem diagnosticadas mais tarde do que os outros autistas, sendo que os sinais podem não ser reconhecidos até a idade adulta.
Até o momento, não foi descoberta a causa exata do autismo, incluindo a síndrome de Asperger. Mas, pesquisas indicam que a causa está relacionada a uma combinação de fatores genéticos e ambientais.
Os sinais típicos da síndrome de Asperger são as fortes habilidades de linguagem verbal e a inteligência acima da média, o que a diferencia dos outros tipos de autismo.
Normalmente, as pessoas diagnosticadas não apresentam dificuldades de aprendizagem, como a maioria dos autistas, mas elas podem ter dificuldades específicas de aprendizagem. Desse modo, elas têm menos problemas com a fala, mas podem ter dificuldade para entender e processar a linguagem.
Outros sinais da síndrome de Asperger são:
- dificuldade para interagir socialmente;
- padrões de comportamento restritos e repetitivos;
- dificuldade para iniciar, responder e manter conversas;
- dificuldade para interpretar a linguagem não verbal, como por exemplo: gestos, sinais, tom de voz, expressões faciais;
- hipersensibilidade a sons, toques, gostos, cheiros, luzes, cores, temperaturas ou dores;
- compreensão muito literal da linguagem;
- dificuldade para compreender piadas, ironia, sarcasmo;
- dificuldade para expressar os próprios sentimentos, mas também para compreender os sentimentos das outras pessoas;
- dificuldade para lidar com as mudanças na rotina;
- movimentos descoordenados ou falta de jeito;
- ansiedade e depressão;
- foco e persistência;
- aptidão para reconhecer padrões;
- grande atenção aos detalhes.
Os sinais variam
Todavia, os sinais apresentados acima variam muito de pessoa para pessoa, sendo que algumas aprendem a superar os desafios com os pontos fortes relacionados à síndrome.
Embora o diagnóstico da síndrome de Asperger não seja mais usado, muitas pessoas ainda se identificam como “Aspies”.
Fatos históricos relacionados à síndrome de Asperger
Em 1944, o médico austríaco Hans Asperger, relacionado ao nazismo, descreveu quatro pacientes jovens com comportamentos bem parecidos, com inteligência acima da média, mas com poucas habilidades sociais, interesses restritos e diferentes das outras pessoas.
Em 1981, foram publicados pela psiquiatra britânica Lorna Wing diversos estudos de caso semelhantes, sendo atribuído por ela o nome “síndrome de Asperger”.
Em 1994, a síndrome foi incluída na quarta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-4). Já em 2013, a síndrome de Asperger passou a ser considerada autismo (DSM-5).
Tratamentos voltados para a síndrome de Asperger
Ainda que não haja cura para a síndrome de Asperger, há alternativas que podem minimizar os sinais e melhorar a qualidade de vida das pessoas diagnosticadas.
- Terapia cognitivo-comportamental: ajuda a lidar com a ansiedade e outros desafios pessoais.
- Programas de ensino de habilidades sociais: melhora as habilidades de comunicação, interação social e compreensão de situações sociais.
- Terapia da fala: ajuda a controlar a voz.
- Terapia física e ocupacional: melhora a coordenação.
- Medicamentos psicoativos: ajudam a controlar a ansiedade, a depressão e o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).
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Texto baseado em: https://www.autismspeaks.org/types-autism-what-asperger-syndrome / https://www.autism.org.uk/about/what-is/asperger.aspx