O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um atraso no desenvolvimento que pode ser detectado somente por meio do diagnóstico clínico, e não por exames laboratoriais. Sendo assim, o diagnóstico do autismo pode ser um pouco mais complicado.
Pois, ainda que os pais consigam identificar sintomas na criança que indiquem a presença do autismo, somente o profissional especialista poderá confirmar o diagnóstico do TEA. Além disso, esse diagnóstico poderá ser feito em parceria com profissionais de outras áreas.
Com que idade pode ser feito o diagnóstico do autismo?
Há algum tempo atrás, quando ainda não havia estudos mais detalhados sobre o autismo, o diagnóstico do autismo era difícil de ser realizado. Sendo assim, muitas pessoas portadoras do transtorno nem mesmo chegaram a receber o diagnóstico.
Hoje, porém, há diversos testes para a detecção do TEA, que podem ser realizados quando a criança ainda é bem pequena, e continuamente têm sido desenvolvidas novas tecnologias para facilitar esse processo.
Algumas famílias começam a identificar os sintomas do autismo na criança entre os 2 e 3 anos de idade, sendo mais comum realizar os testes aos 24 meses.
Quais as ferramentas utilizadas para o diagnóstico do autismo?
Há alguns sintomas do autismo que são mais fáceis de serem identificados, até mesmo pelas pessoas que convivem diariamente com a criança.
A identificação desses sintomas é importante para que seja feito um estudo mais aprofundado, por meio das ferramentas de diagnóstico.
Abaixo, apresentamos um breve resumo dos tipos de ferramentas usadas para o diagnóstico do autismo:
Entrevista Diagnóstica para o Autismo (ADI-R)
Essa ferramenta é usada para avaliar crianças e adultos, pois é focada no desenvolvimento de três áreas: 1) Interação de Reciprocidade Social; 2) Comunicação e Linguagem; e 3) Comportamentos e Interesses Restritos e Estereotipados.
Escala de Observação para o Diagnóstico do Autismo (ADOS-G)
Já essa é usada para avaliar as habilidades de interação social, de brincar e o uso imaginativo de materiais.
Escala de Avaliação do Autismo na Infância (CARS)
Mas, para avaliar de forma rápida crianças a partir dos 2 anos de idade, estimando o nível do transtorno (leve, moderado ou severo), essa é a ideal.
Escala de Avaliação de Autismo de Gilliam (GARS-2)
Usada para auxiliar professores, pais e clínicos a identificarem sinais de autismo em pessoas com idade entre 3 e 22 anos, estimando a severidade do transtorno.
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DMS-5)
Por fim, esse manual é usado para diagnosticar os transtornos mentais e comportamentais, como o TEA, sendo de autoria da Associação Americana de Psiquiatria, a principal organização de profissionais e estudantes de Psiquiatria dos Estados Unidos.
Essas são as principais ferramentas utilizadas pelos profissionais para o diagnóstico do autismo. E a participação familiar nesse processo é muito importante.
Afinal, são os pais e cuidadores que convivem diariamente com a criança e podem ajudar a identificar os sintomas do TEA apresentados por ela.
Por isso, eles devem estar totalmente integrados nesse processo, juntamente com os profissionais, para que seja realizado um trabalho em conjunto, o mais completo e abrangente possível. Quer entender como você pode estar mais ativo nesse momento? Então, clique aqui e conheça nossos cursos e treinamentos direcionados para pais!