Participação dos pais no programa de intervenção

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Intervenção baseada em Evidência Científica

Sumário

Uma dúvida muito comum que costuma surgir entre os profissionais e os familiares no momento em que é iniciado um programa de intervenção com uma criança autista é sobre a participação dos pais nas consultas.

Muitas pessoas acreditam que o mais correto é a criança permanecer no ambiente terapêutico com o terapeuta sem a presença dos pais, que devem aguardar do lado de fora. Dessa forma, é muito mais comum vermos a criança entrar sozinha no consultório, mas essa visão está equivocada.

O que a Análise do Comportamento Aplicada (ABA) diz sobre isso

De acordo com os princípios da Análise do Comportamento Aplicada (ABA) e com o que é realizado nas universidades e nos centros de pesquisa dos Estados Unidos, que é um país de referência no tratamento do autismo, a participação dos pais nas intervenções é, sim, muito importante.

Imagine uma situação em que uma criança autista esteja iniciando o período do programa de intervenção, que nunca tenha passado por isso, a chance de ela sentir-se desconfortável com essa situação nova e começar a chorar é muito grande. Especialmente se ela for muito nova.

Portanto, tanto para o profissional que estiver acompanhando essa criança como para os pais que estiverem aguardando do lado de fora do consultório, essa situação gerará instabilidade emocional, insegurança e sensação de sofrimento grande.

Sendo assim, os pais poderão questionar-se se aquilo é mesmo necessário e mesmo passar a duvidar da capacidade do terapeuta que estiver tratando do seu filho.

Para evitar que os familiares e o profissional passem por isso, é muito importante que os pais participem das intervenções. Principalmente nas primeiras sessões.

programa de intervenção

Importância do treinamento dos pais sobre o programa de  intervenção

Recomenda-se que seja oferecido um treinamento prévio para os pais, por parte do profissional que acompanhará a criança. Dessa forma, eles aprendem como se comportar consultório, de forma a contribuir para o treinamento, sem atrapalhar o programa.

Além disso, os pais devem ser orientados para dar continuidade ao que estiver sendo estimulado no consultório em outros ambientes frequentados pela criança. Pois, isso garantirá resultados mais eficazes com as intervenções.

Especialistas acreditam que o treinamento deve ser realizado também com os pais e não somente com a criança. Afinal a criança passa muito mais tempo da sua vida diária ao lado dos pais do que com o terapeuta no consultório.

Prática do uso de espelhos durante o programa de intervenção

Uma prática muito comum nos Estados Unidos é o uso de espelhos durante as intervenções, sendo que cada um fica de um lado. Dessa forma  a criança não consegue ver os pais, mas os pais veem tudo o que estiver sendo realizado com a criança.

Essa é uma dica e estratégia importante para o terapeuta, pois garante que os pais acompanhem o programa de intervenções de forma indireta, proporcionando-lhes mais clareza, confiança e segurança no trabalho desse profissional.

Com este artigo, procuramos esclarecer um pouco mais sobre esse assunto que ainda gera muita dúvida entre pais e profissionais.

As intervenções com a participação dos familiares também são muito importantes para os próprios pais, que muitas vezes se sentem perdidos e angustiados por não saberem lidar com as limitações dos seus filhos autistas.

Participando das intervenções, os pais tendem a obter uma compreensão melhor sobre os comportamentos dos seus filhos, melhorando o relacionamento entre eles e beneficiando, portanto, ambos, pais e filhos.

Além de participar do programa de intervenção, os pais também podem fazer cursos e treinamentos online que aumentarão seu conhecimento sobre ABA e as intervenções. Tem interesse?

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