Quando as crianças saem de um consultório de um neuro pediatra ou psiquiatra infantil na rede privada, as famílias costumam sair com uma lista de profissionais, de uma equipe multidisciplinar para a intervenção ABA.
Quais são os profissionais da
equipe multidisciplinar para a intervenção ABA?
Normalmente, a lista contém pelo menos 5 profissionais para formar a
equipe multidisciplinar para a intervenção ABA. Os mais comuns são:
- Psicólogo Comportamental: O que está passando da hora de mudar para Analista do Comportamento, Psicólogo Comportamental não necessariamente é Analista do Comportamento atuando com Intervenção ABA, ok?
- Fonoaudiólogo: Adianta qualquer fonoaudiólogo? Não! Tem que ser da faixa etária que você procura o público alvo do profissional e para os casos de autismo alguém especialista em linguagem, se for apraxia de fala. Afinal, a fonoaudiologia é ampla ninguém consegue abraçar o mundo.
- Terapeuta Ocupacional: Especialista em Desenvolvimento Motor e Integração Sensoria, são as linhas mais adequadas para o tratamento com crianças autistas. Também existe um campo vasto dentro da Terapia Ocupacional.
- Psicopedagogo: Geralmente é indicado para os 4 anos em diante, varia de cada médico para tratar das questões escolares e desenvolvimento das competências pedagógicas.
- Musicoterapeuta: Às vezes é recomendado pelos médicos para estimulação de competências de linguagem, de desenvolvimento motor de várias outras competências através da música.
Os desafios de ter a equipe multidisciplinar para a intervenção ABA
Com uma extensa equipe multidisciplinar para a intervenção ABA, surgem muitos desafios. Afinal, como lidar com todas as orientações? E o dinheiro para pagar todos esses profissionais? E a conciliações dos horários?
Mas, sob a ótica da intervenção ABA, isso não é uma intervenção intensiva. Isso porque não está havendo uma unicidade dos programas de ensino individualizados. Ou seja, os profissionais não estão trabalhando os mesmos programas de ensino.
Para ser uma intervenção intensiva não basta trabalhar para os mesmos objetivos. É necessário trabalhar os mesmos programas e fazer registros.
Portanto, todos aqueles resultados que saem nos Jornais Científicos que mostram a intervenção ABA como extremamente eficaz, com melhoras muito significativas, elas não são praticadas dentro desse modelo brasileiro, de mil e um terapeutas cada com com sua avaliação e cada um com seus objetivos.
Quem deve estar na equipe multidisciplinar para a intervenção ABA?
O primeiro passo é uma elaboração de um plano de ensino individualizado, baseado nos protocolos de avaliação e a elaboração de objetivos com base nessas avaliações e posteriormente o desenvolvimento de programas de ensino.
Tudo isso deve ser aplicado de maneira intensiva, sistematizada e com registros diários dos progressos e retrocessos da criança.
Assista ao vídeo sobre o PEI (Plano de Ensino Individualizado) do nosso canal.
É claro que os profissionais poderão e deverão realizar avaliações específicas de suas áreas de intervenção. Mas isso dependendo de cada caso da criança ou adolescente em questão. Por exemplo, podemos ter crianças com autismo e apraxia que precisarão de orientações específicas de uma Fono com conhecimentos em Apraxia.
Ou pode ser que você pode tenha uma criança com maiores problemas motores que necessitarão de um apoio maior em termos de orientações e intervenções da Terapeuta Ocupacional.
Portanto, não existe uma fórmula pronta. O ideal é que, se for uma equipe, todas essas pessoas trabalhem de forma integrada. Isso não se refere a apenas um grupo de WhatsApp. Mas encontros de planejamento e metodologia de trabalho. Além disso, é fundamental haver a participação e conhecimento da família em todos os passos.
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