O momento da inclusão de crianças com atraso no desenvolvimento, como o autismo, no ambiente escolar é uma fase que costuma gerar muitas dúvidas e preocupações entre os pais.
É comum surgirem os seguintes questionamentos:
- Como deverá ser feita a inclusão do meu filho na escola?
- O meu filho conseguirá acompanhar as aulas e realizar as tarefas?
- O material deverá ser adaptado para o meu filho?
- Devo optar pelo ensino regular ou pela educação especial?
- Será necessária a presença de uma professora de apoio?
Com este artigo, procuramos esclarecer essas dúvidas e trazer mais algumas informações para ajudar os pais nesse importante momento da vida dos seus filhos.
Como funciona a inclusão de crianças com atraso no desenvolvimento no Brasil?
No Brasil, a legislação traz a previsão de uma educação inclusiva, portanto a grande maioria das crianças e dos adolescentes com atraso no desenvolvimento são encaminhados para o ensino regular.
O processo de inclusão de crianças com atraso no desenvolvimento quando elas ainda são bem pequenas tende a ser mais fácil, pois nessa fase as diferenças entre elas e os seus pares são menores, passando muitas vezes até despercebidas.
Conforme essas crianças vão crescendo, as diferenças tornam-se mais evidentes e elas tendem a ficar mais atrasadas em relação aos seus colegas, consequentemente pode surgir dificuldades e limitações mais preocupantes.
No caso das crianças que já tenham recebido intervenção desde pequenas, a adaptação delas em uma escola de educação regular provavelmente será mais fácil, sendo necessárias algumas adaptações para que o ambiente se torne mais adequado para elas.
A escola terá de trabalhar com essas crianças de forma diferenciada e as adaptações deverão ser feitas para adequar o ensino às características dessas crianças.
Por exemplo, deverá ser avaliado se o período de permanência da criança na escola será como o das demais crianças. Pois, pode ser que seja melhor para a criança chegar mais tarde ou sair um pouco mais cedo para evitar problemas de comportamento e garantir um melhor rendimento dessa criança.
Além disso, é importante que seja avaliado quais as atividades que farão sentido para essa criança e como tornar as atividades acessíveis para ela.
Qual a necessidade e o papel do professor de apoio ou atendente terapêutico (AT)?
A necessidade da presença do professor de apoio ou do atendente terapêutico (AT) no ambiente escolar dependerá de cada criança, ou seja, das características e limitações apresentadas pela criança.
O papel do professor de apoio ou AT será fazer a ligação entre a criança e o conteúdo escolar, entre a criança e os seus colegas de classe, e mesmo entre a escola e a família.
É importante ressaltar que o professor de apoio ou AT não é um cuidador, mas sim a pessoa que auxiliará na promoção de mais oportunidades de ensino para a criança.
Por isso, esse profissional deve adquirir conhecimento sobre a Análise do Comportamento Aplicada (ABA), por meio de cursos de formação. Pois, ele deverá coletar dados, avaliar os comportamentos da criança e elaborar periodicamente relatórios para identificar o que precisa ser trabalhado na criança.
Esse profissional também poderá ajudar a criança com atraso no momento da transição entre as atividades, na hora de mudar de ambientes, oferecendo orientações para a criança ou mesmo a guiando, conforme a necessidade.
Independentemente da presença ou não desse profissional, o importante é que todos os envolvidos com a educação da criança (professor, professor de apoio ou AT, pais, cuidadores) façam a mediação do conhecimento para a criança absorver o conteúdo da forma mais eficiente possível, de acordo com as suas necessidades e limitações.
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