A Terapia ABA corresponde à forma de intervenção no autismo com maior evidência científica e que traz melhores resultados para os pacientes ou alunos.
A Terapia ABA não é um método, mas sim uma ciência. A ciência é uma abordagem sistemática que tem como objetivo procurar e organizar conhecimento sobre o mundo natural.
O comportamento, por sua vez, é a atividade do organismo vivo. O comportamento humano corresponde a tudo aquilo que as pessoas fazem, falam, pensam e sentem.
Ciência do Comportamento e seus Elementos
Existe uma área do conhecimento chamada de Ciência do Comportamento, que é composta por quatro elementos: 1- Behaviorismo; 2- Análise Experimental do Comportamento (EAB); 3- Prática profissional de vários outros campos que são guiados por esta ciência; e 4- Análise do Comportamento Aplicada (ABA).
O behaviorismo é a filosofia própria dessa ciência. A filosofia é a busca constante pela sabedoria. O behaviorismo está relacionado com a forma como a ciência vê o mundo.
A Análise Experimental do Comportamento é responsável por realizar pesquisas básicas, por verificar a eficácia de princípios fundamentais do comportamento. Ela é muito forte no Brasil, e este meio é formado por profissionais que nunca trabalharam com autismo.
O terceiro elemento é a prática profissional em vários campos que são informados e guiados pela Ciência da Comportamento. Há profissionais que trabalham com esporte e emagrecimento, outros trabalham com idosos, em escolas, com autismo ou até mesmo com outros transtornos do neurodesenvolvimento.
A Análise do Comportamento Aplicada (ABA) é a ciência natural, proposta por Skinner, em que táticas derivadas de princípios do comportamento são aplicadas sistematicamente para melhorar comportamentos socialmente relevantes. Suas experimentações são usadas para indicar as variáveis responsáveis pela mudança comportamental.
A ABA utiliza táticas derivadas de princípios do comportamento, sendo eles: reforço, punição e extinção. Esses princípios descrevem as relações causais entre o comportamento e as variáveis do ambiente. São poucos os princípios comportamentais, mas eles possuem múltiplos elementos.
ABA e Relação ABC
O foco da ABA é analisar as relações funcionais que ocorrem no ambiente, é o que se chama de Relação ABC, em que “A” é o Antecedente, “B” é Comportamento (Behavior, em inglês) e “C” é a Consequência.
O Antecedente é tudo o que acontece antes do comportamento, o horário em que o comportamento ocorreu, quem estava presente no momento em que ele ocorreu, o que estava acontecendo naquele momento. O Comportamento é o comportamento em si, e a Consequência é o que ocorre após o comportamento.
A Relação ABC é a base da Análise do Comportamento, sendo aplicada tanto para a aquisição de comportamentos de linguagem e comunicação como para lidar com os comportamentos desafiadores, quando falamos sobre intervenção no autismo.
Relação entre ABA e Intervenção no Autismo
A relação entre o autismo e a ABA deu-se e maior escala e reconhecimento por meio de um estudo realizado em 1987 por Ivar Lovaas. Diversos órgãos ao longo do tempo passaram a recomendar a ABA para o tratamento no autismo, já que a Terapia ABA é a intervenção com maior evidência científica e recomendada pela Secretaria de Saúde dos Estados Unidos.
Como forma de prestação de serviços algumas literaturas fazem a distinção entre a Terapia ABA Ampla e a Terapia ABA Específica. A Ampla é elaborada para trabalhar todas as áreas de déficit e todos os comportamentos desafiadores que um indivíduo possui. A Específica, por sua vez, foca em um ou alguns comportamentos desafiadores ou habilidades déficits como alvo do tratamento.
O que a ABA não é
É importante ficar claro o que a ABA não é, já que ainda existe muita desinformação quando falamos sobre essa ciência.
A ABA não é:
- só uma teoria, uma metodologia ou um conjunto de técnicas;
- inteiramente ou a maior parte estruturada;
- artificial, forjada, sem ser natural;
- o produto ou propriedade de algum indivíduo;
- somente uma das muitas teorias ou dos tratamentos aplicados ao autismo;
- uma abordagem em que o mesmo é válido para todos.
A Regulamentação da Profissão de Analista do Comportamento
No Brasil, ainda não há a regulamentação da profissão de Analista do Comportamento. Existem associações que buscam regulamentar a profissão e defender os interesses da classe, contudo elas não têm poder para regulamentar a profissão.
Mas é importante ficar claro que a não regulamentação da profissão de Analista do Comportamento não impede o exercício do profissional, e nem a extrema necessidade de prestação deste serviço.
Tendo em vista a grande demanda de crianças seja com diagnóstico de autismo ou com suspeita, e sabendo que a Terapia ABA intensiva é de grande valia para ambos os casos na intervenção no autismo, precisamos de mão de obra qualificada e preparada para o atendimento dessas crianças.
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