Alunos com transtornos de aprendizagem costumam apresentar dificuldade em uma ou mais áreas de aprendizagem, mesmo que as habilidades relacionadas à inteligência e à motivação não sejam afetadas.
É comum os alunos apresentarem dificuldades no ambiente escolar de tempos em tempos para realizar atividades e em algumas habilidades em particular, dependendo da área que estiver sendo trabalhada pela equipe escolar.
Contudo, é importante estar atento, pois se o aluno se esforçar para realizar as atividades e ainda assim apresentar muita dificuldade com um conjunto específico de habilidades ao longo do tempo, isso poderá ser um sinal da presença de algum transtorno de aprendizagem.
Os alunos com transtornos de aprendizagem podem sentir-se frustrados por não conseguirem dominar um assunto, uma habilidade ou por terem dificuldade para realizar uma atividade proposta pela professora, apesar de se esforçarem para isso.
Essa frustração pode fazer com que eles se sintam mal e acabem se retraindo, o que seria um fator negativo no processo de aprendizagem, além de poder desencadear problemas de comportamento que também atrapalhariam o desenvolvimento das habilidades no ambiente escolar.
Exemplos de transtornos de aprendizagem:
- Dislexia – dificuldade para ler;
- Disgrafia – dificuldade para escrever;
- Discalculia – dificuldade com as atividades relacionadas à Matemática.
Principais sinais dos transtornos de aprendizagem:
- dificuldade para distinguir o lado direito e o lado esquerdo;
- escrever letras, palavras ou números de forma invertida, após a primeira ou segunda série;
- dificuldade para reconhecer padrões ou classificar itens por tamanho ou forma;
- dificuldade para entender e seguir instruções ou manter as coisas organizadas;
- dificuldade para lembrar o que acabou de ser dito ou o que acabou de ler;
- dificuldade para fazer tarefas com as mãos, como escrever, cortar ou desenhar;
- dificuldade para entender o conceito de tempo;
- falta de coordenação para movimentar-se.
Transtornos de aprendizagem e comorbidades
Os transtornos de aprendizagem também podem estar presentes em alunos que apresentem outros transtornos emocionais ou comportamentais, como o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) ou a ansiedade.
A combinação de transtornos do neurodesenvolvimento poderá tornar particularmente difícil para um aluno ter sucesso na escola e conseguir realizar as atividades no mesmo ritmo que seus pares.
Por isso, é importante estar atento aos Marcos de Desenvolvimento Infantil para verificar se o aluno está desenvolvendo as habilidades que são esperadas dentro de cada faixa etária, ou se ele está desafado e apresenta muitos déficits.
Ademais, diagnosticar adequadamente cada transtorno será fundamental para compreender os sinais e os atrasos apresentados pelo aluno, bem como para que ele possa obter o tipo certo de ajuda para cada um dos transtornos.
Tratamento para transtornos de aprendizagem
Os alunos com transtornos de aprendizagem geralmente precisam de ajuda e instrução extras especializadas para que consigam realizar as atividades e acompanhar seus pares no dia a dia no ambiente escolar.
Quando os transtornos de aprendizagem são identificados, o ideal é que os pais, os profissionais e a equipe escolar trabalhem juntos para que seja oferecido ao aluno um plano de ensino adequado as suas características e necessidades e particulares.
Caso haja outras preocupações sobre o comportamento e as emoções do aluno, além da dificuldade para realizar as atividades escolares, será importante que ele seja avaliado por outros profissionais especialistas.
Esses profissionais de saúde podem desempenhar um papel importante na colaboração com as escolas para ajudar os alunos com transtornos de aprendizagem ou outras deficiências a obterem os serviços especiais de que necessitam.
A Academia Americana de Pediatria (AAP) criou um relatório que descreve alguns dos papéis que os profissionais de saúde podem ter para ajudar alunos com transtornos de aprendizagem:
- identificar alunos que necessitam de intervenção precoce ou serviços de educação especial;
- compartilhar informações relevantes com os pais e a equipe escolar;
- usar a intervenção precoce ou as informações escolares em diagnósticos médicos ou planos de tratamento;
- trabalhar em nível administrativo para melhorar os serviços escolares voltados para os alunos com atrasos no desenvolvimento.
A intervenção precoce é de extrema importância para minimizar os déficits relacionados aos transtornos de aprendizagem e para garantir que os alunos permaneçam em contínuo desenvolvimento.
Para que a intervenção seja iniciada assim que os primeiros sinais dos transtornos forem identificados, é fundamental contar com uma equipe de profissionais com conhecimento sólido sobre os transtornos do neurodesenvolvimento e preparados para fornecer diagnósticos precisos.
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